Um ponto final sem parágrafo

Causas e factos que todos conhecem — os do empenho político e partidário — desaconselham a escrita, que poderia ser mais toldada pela paixão do que pela razão e que estaria irremediavelmente contaminada pelo vírus da suspeição.

1. Comecei a escrever nas páginas do PÚBLICO, de modo esporádico, poucos dias após o 11 de Setembro de 2001. Depois de um punhado de artigos, convidaram-me no início de 2002 para escrever uma crónica mensal que assinei pontualmente até meados de 2007. O envolvimento muito activo na política, que passou pela presidência do grupo parlamentar do PSD em 2008, pelas eleições europeias de 2009 e por uma candidatura à liderança do PSD em 2010, fizeram com que deixasse de escrever nestas páginas. Já no final de 2011, fui de novo convidado para fazer um artigo semanal neste jornal. E desde então, praticamente sem interrupções, nem ao menos para férias, preenchi esta página até ao dia de hoje. Uma década de escrita semanal, sem intermitências, deu-me uma intimidade com o público do PÚBLICO que já quase faz parte da minha natureza. Não é mais o tempo de confidências ou confissões pessoais, mas arrazoar estas linhas, semana a semana, foi das actividades que mais me realizaram ao longo destes anos. Só mesmo dar aulas me preenche e realiza mais. Felizmente, tenho passado os últimos dez anos a fazer essas duas coisas que respeito e amo: ensinar e escrever.

Os leitores são a força e a vida do jornal

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