Acordo escrito com Governo? BE diz que Costa sabe quais são as propostas desde Setembro

O Bloco de Esquerda respondeu ao repto do executivo socialista para lembrar que as medidas que espera ver no Orçamento do Estado de 2022 já são conhecidas pelo Governo desde Setembro.

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O partido liderado por Catarina Martins fez saber que iria responder ao pedido do Governo LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O Governo irá reunir com os parceiros de negociação à esquerda (e com as deputadas não-inscritas) durante a próxima semana e pediu ao Bloco de Esquerda que envie conteúdo e os termos do acordo escrito proposto que possa garantir a viabilização do Orçamento do Estado de 2022 que até agora tem os votos contra de toda a direita, PCP e BE. Em reacção à notícia avançada pela agência Lusa este domingo, o BE divulgou uma nota à imprensa para esclarecer que continua a não existir uma “resposta relevante” aos nove pontos negociais propostos pelo partido.

“O único dado novo dos últimos dois dias é que passaram mais dois dias sem que o Governo desse resposta relevante aos nove pontos negociais propostos pelo Bloco de Esquerda no início de Setembro”, lê-se no primeiro ponto.

O partido sublinha ainda que “já indicou, publicamente e em reuniões com o Governo, o âmbito e alcance desses pontos negociais” que o Governo agora pede e que "é também público que o Governo não considerou estas questões na proposta do OE2022 nem deu depois disso qualquer indicação de aproximação negocial relevante”.

Na declaração, o BE repete que “o Governo conhece bem os nove pontos negociais apresentados pelo Bloco de Esquerda” e recorda que “decorrem de iniciativas legislativas anteriores que o PS rejeitou”.

Ainda assim, apesar de argumentar que todas as medidas já são conhecidas, o Bloco irá enviar à mesma um articulado com as medidas. “Face à ausência de novas redacções legislativas, do Governo, para a inclusão destes pontos na lei do orçamento, o Bloco de Esquerda tomará a iniciativa de enviar ao governo propostas de articulado destes pontos”, garante o partido.

E conclui com a porta aberta, dizendo que a intenção do partido “foi sempre clara para ambas as partes: a procura da convergência para a viabilização do orçamento do Estado e de medidas legislativas a tomar em 2022 que promovam a recuperação económica e social”. “Nada mais e nada menos”, termina o BE.

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