O “delta de lava” em La Palma visto do céu

Sistema europeu de satélites Copernico divulgou esta sexta-feira uma imagem do fluxo de lava do vulcão em erupção na ilha espanhola. Entretanto, esta noite em La Palma o rio de lava dividiu-se e tem agora três fluxos separados por alguns metros.

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Copernicus Sentinel data (2021)/ ESA,

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou esta sexta-feira uma imagem captada recolhida pelo satélite Sentinela 2 do programa Copérnico a 30 de Setembro que mostra o fluxo de lava do vulcão em erupção na ilha espanhola de La Palma. A cascata de lava pode ser vista a derramar no Oceano Atlântico, aumentando um pouco o tamanho da linha costeira. Este ‘delta de lava’ cobria cerca de 20 hectares quando a imagem foi tirada.

O pequeno texto da ESA recorda que a fenda abriu no vulcão do Cumbre Vieja no dia 19 de Setembro, “atirando para o ar plumas de cinza e lava”. “A lava descia a montanha e atravessava aldeias engolindo tudo no seu caminho. A 28 de Setembro, o fluxo de lava de 6 km tinha atingido o oceano na costa ocidental da ilha. Foram relatadas nuvens de vapor branco, onde a lava quente vermelha atingiu a água na área da Playa Nueva”, acrescentam.

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Entretanto, as notícias desta sexta-feira sobre o vulcão em La Palma alertam para dois novos fluxos de lava separados por apenas 15 metros que surgiram esta noite. “É uma nova boca dupla, segundo o Instituto Geológico e Mineiro Espanhol (IGME), localizada a cerca de 450 metros a norte da cratera. A lava emitida é muito efusiva (líquida) e ganhou terreno no sentido oeste, arrasando completamente os edifícios no seu caminho”, refere o El País.

O diário espanhol refere ainda que “as novas emissões foram observadas por membros da Unidade de Emergência Militar (UME) e pelo IGME. “Às 02.30 da madrugada de 1 de Outubro, havia dois novos fluxos, que ocuparam duas ravinas e se dirigem para oeste”, explica o geólogo Raúl Pérez, do Instituto Geológico e Mineiro Espanhol, citado pelo El País.

Na descrição da reveladora imagem divulgada pela ESA especifica-se que “a imagem Sentinela-2 foi processada em cor verdadeira, utilizando o canal infravermelho de onda curta para realçar o fluxo de lava”. A missão Sentinela-2 baseia-se numa constelação de dois satélites idênticos, cada um deles transportando uma inovadora imagem multiespectral de alta resolução com 13 bandas espectrais para monitorizar as mudanças na terra e na vegetação da Terra.

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