Clive Sinclair (1940-2021), pai do ZX Spectrum e de fracassos visionários

O inventor britânico acreditava num futuro de veículos eléctricos, relógios inteligentes e ecrãs de bolso. Estava certo antes de tempo, e esbarrou nas limitações da tecnologia dos anos 70 e 80. Mas ganhou uma aposta: a de levar os videojogos dos salões de arcada para as salas de estar.

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Clive Sinclair e um funcionário da sua empresa, em Setembro de 1964 Victor Blackman/Daily Express/Hulton Archive/Getty Images

Steve Jobs dizia que as pessoas não sabem que querem uma coisa até a mostrarmos. Clive Sinclair, inventor britânico que, tal como o norte-americano, ajudou a massificar e a democratizar os computadores junto de um grande público não especializado, também dizia algo parecido, citado pela filha Belinda ao The Guardian: “Não vale a pena perguntar às pessoas se querem uma coisa, porque elas são incapazes de imaginá-la”. A criatividade de Sinclair, que morreu a 16 de Setembro, aos 81 anos, em Londres, não se materializou no mesmo sucesso sustentando e prolongado que tornou Jobs num dos principais rostos da inovação tecnológica entre os anos 1970 e a sua morte em 2011, com o Macintosh, o iPhone, o iPad e a própria Apple como legados. E, no entanto, basta referir um nome para explicar o impacto global que o britânico teve nos anos 1980: ZX Spectrum.

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