Covid-19: Portugal reentra na zona verde da matriz. Máscara deixa de ser obrigatória no trabalho

As principais notícias desta quarta-feira, dia 29 de Setembro, sobre a evolução da pandemia de covid-19.

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Paulo Pimenta

Portugal registou na terça-feira mais seis mortes e 755 novos casos​ pelo novo coronavírus, de acordo com o boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado nesta quarta-feira. Os internamentos continuam a descer tanto em enfermaria, como nos cuidados intensivos. Com os indicadores em contraciclo — uma ligeira subida do índice de transmissibilidade, o R(t), e a descida da incidência —, Portugal fez nesta quarta-feira a sua reentrada na zona verde da matriz de risco.

A Assembleia da República irá voltar a funcionar a partir do dia 4 de Outubro de uma forma mais próxima da normalidade pré-pandemia, de acordo com o documento distribuído nesta quarta-feira pelo presidente Ferro Rodrigues aos partidos na conferência de líderes sobre a proposta para as novas regras e a que o PÚBLICO teve acesso. Vai ser exigido o uso de máscara a todas as pessoas que entrem e circulem em todos os espaços comuns e partilhados do edifício, assim como o certificado de vacinação completa ou teste antigénio negativo com menos de 48 horas aos visitantes.

O plenário volta a reunir sem limitação de capacidade, com os 230 deputados na sala em simultâneo, e estes “deixam de poder participar por videoconferência a partir dos respectivos gabinetes”, como faziam desde o ano passado. O registo de presença nos computadores fixos que foi instalado nos gabinetes também deixa de ser possível, valendo apenas o registo de presença no plenário.

O uso obrigatório de máscara mantém-se também nos espaços comerciais com área superior a 400 metros quadrados, incluindo centros comerciais, esclarece o diploma que prevê o alívio das restrições associadas à pandemia e que entra em vigor na sexta-feira. De acordo com o decreto-lei que altera as medidas excepcionais e temporárias relativas à pandemia de covid-19, “é obrigatório o uso de máscaras ou viseiras para o acesso ou permanência no interior” dos “espaços e estabelecimentos comerciais, incluindo centros comerciais, com área superior a 400 m2”.

Por outro lado, deixa de ser obrigatório o uso de máscaras nos locais de trabalho — mesmo nas empresas que têm mais trabalhadores no mesmo espaço físico —, mas os empregadores terão liberdade para definir o uso da protecção individual como forma de prevenção da transmissão de SARS-CoV-2.

O confinamento associado à situação pandémica pesou na decisão de iniciar uma medida de acolhimento para 276 crianças e jovens em 2020. A situação de perigo não era nova, mas foi acentuada pelo contexto pandémico em que as escolas fecharam e as famílias se recolheram em casa, segundo o Relatório CASA – Caracterização Anual da Situação do Acolhimento de 2020, apresentado esta quarta-feira.

Do total de 2022 crianças e jovens que iniciaram o acolhimento nesse ano, 13,6 % tiveram entre os motivos para essa decisão a pandemia e os riscos a ela associados – e esse foi um factor inédito.

Um consórcio de cientistas portugueses conseguiu desenvolver sensores que detectam com precisão anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2. Os resultados às amostras de sangue humano têm sido “promissores” e um dos dispositivos consegue mesmo identificar anticorpos em valores inferiores aos analisados por testes actualmente usados em laboratório. Para quando podem estar estes sensores no mercado? Quando se encontrar uma empresa na área disponível para os produzir e comercializar, esse processo pode durar uns nove meses.

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