De Marrocos à Costa da Caparica: este ano o Moga Festival realiza-se em Portugal

O festival que geralmente acontece em Essaouira decidiu mudar de ares e de 6 a 10 de Outubro ganha vida nas praias de Almada.

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É já na próxima semana, de 6 a 10 de Outubro, que o festival Moga chega pela primeira vez a Portugal. Vai aquecer as praias da Costa da Caparica, prometendo uma experiência imersiva que junta música electrónica, surf, ioga e até culinária para unir o corpo à alma. 

Tudo começou em 2016, quando a primeira edição do festival se realizou em Essaouira, Marrocos. Desde então, o lema foi construir um ambiente de bem-estar e euforia para “sonhadores e dançarinos” de todo o mundo — a mogatribe, como lhe chama a organização do festival. Em 2019, o evento chegou a juntar aproximadamente seis mil pessoas. “Uma das nossas maiores conquistas”, admite o fundador Matthieu Corosine ao PÚBLICO. 

Para a quarta edição do Moga, Corosine quis experimentar algo de novo e decidiu escolher o areal almadense como cenário para os cinco dias de festa programados. Além de Essaouira e a Costa da Caparica partilharem entre si “praias sem fim, pores-do-sol incríveis e gaivotas à espera do regresso dos pescadores”, como descreve, há um passado histórico que as interliga. Outrora Mogador, a cidade marroquina foi, tal como a Caparica, um grande ponto de passagem marítima que os portugueses usaram, durante o século XVIII, no transporte de bens. “Era óbvio que este ano essa ligação tinha de ser explorada”, defende o fundador. 

A programação do evento prevê assim que haja bastante animação e movimento, com a actuação de artistas como DJ Tennis, Behrouz, Maher Daniel, Birds of Mind, Moullinex, entre outros. Pela manhã, os festivaleiros podem relaxar a mente e exercitar o corpo, participando em sessões de ioga, meditação, surf, bicicleta, capoeira ou até receber uma massagem. Haverá ainda um conjunto de palestras, cujos temas e oradores ainda estão por anunciar. 

“A Caparica proporciona-nos um palco único em que podemos combinar actividades culturais, físicas e mindfulness com concertos e festejos”, acrescenta o responsável, que ressalva que o bem-estar mental é uma das grandes preocupações do festival. “Não é por acaso que fechamos as portas por volta da meia-noite, nós realmente queremos que a nossa tribo consiga descansar e aproveitar o dia seguinte.” 

Segundo os organizadores, esta não será a única vez que o festival se realizará em solo português, estando já planeada uma parceria entre as cidades eleitas de forma a criar uma “troca educacional, turística e cultural” do melhor que ambas têm para oferecer, garante Corosine. Os bilhetes, cujo preço começa nos 38 euros, já estão disponíveis. 


Texto editado por Bárbara Wong

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