Santander Universidades lança bolsas para intercâmbios académicos

O Santander vai abrir nova ronda de candidaturas para as bolsas Santander Mobilidade Global que apoiam com 500 ou 1000 euros os universitários que procuram uma experiência académica (e pessoal) no exterior.

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Ana Tereza May foi uma das beneficiárias das Bolsas Santander Mobilidade Global D.R.

Este conteúdo faz parte do projecto “Muito Mais Para Todos”, em parceria com o Santander. 


Primeiro no Brasil, depois Portugal, Espanha e agora Alemanha. O percurso académico de Ana Tereza May, formada em Jornalismo e Comunicação, é já bastante rico apesar dos seus «meros» 23 anos. Um percurso onde foi acumulando experiências profissionais, primeiro no Jornal Universitário de Coimbra e, depois, na Rádio Universitária em Madrid, uma oportunidade que surgiu depois do programa Erasmus a ter levado a passar uma temporada na Universidad Complutense. Um salto que esteve quase a não ser possível. «A falta de recursos era uma preocupação latente», começa por nos contar. E admite: «Sem uma bolsa era impossível frequentar o intercâmbio.»

Esta é a realidade que muitos estudantes enfrentam actualmente, divididos entre o desejo de se expor à internacionalização, de acrescentar mundos ao seu mundo, e a realidade da falta de capacidade financeira para viver tal experiência. Seja pela falta de recursos, seja pelos atrasos na entrega das bolsas de outros programas de intercâmbio, muitos são os que ainda ficam pelo caminho. Mas, desde os finais de 2019, altura da primeira edição do Santander Global, que estes «muitos» são menos.

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Ana Tereza May partiu para a experiência de Erasmus em Madrid com um plano bem desenhado.

No caso de Ana Tereza May, ouvir um «não se preocupe» foi a primeira frase que a fez acreditar que talvez não ficasse para trás. Ouviu-a da coordenadora do programa Erasmus na Universidade de Coimbra. «O Santander oferece bolsas para o Erasmus», foi a frase seguinte, aquela que tornou o sonho impossível na realidade palpável. «Solucionou grande parte dos problemas», resume a hoje jornalista-estagiária na Deutsche Welle. «É interessante se lhe disser que a bolsa também me ajudou com este estágio na Alemanha?», questiona. Claro que sim, mas já lá iremos.

O apoio ao Ensino Superior é uma das maiores apostas do Santander no âmbito da sua política de sustentabilidade, que assenta os seus pilares na promoção da igualdade de oportunidades de jovens universitários no acesso à Educação, e foi a partir desta aposta que o banco decidiu criar o Programa Bolsas Santander Mobilidade Global. Um programa que nasceu com um único objectivo: incentivar a vivência internacional dos estudantes universitários enriquecendo os seus currículos, académico e pessoal. Ou, por outras palavras, e saindo da descrição teórica, para a descrição prática: «Cruzar com outros mundos, poder fazer uma escolha consciente de “fugir” da minha cultura e mergulhar noutras, conhecer outros hábitos e outras vidas.» É desta forma que a «nossa» estudante de Jornalismo e Comunicação resume a sua recente aventura de Erasmus. 

Segunda edição das Bolsas Santander Mobilidade Global 2021 está a chegar

A nova edição das Bolsas Santander Mobilidade Global - que agora arranca - visa apoiar mais uma vaga de estudantes de licenciatura ou mestrado a ter acesso a um período de mobilidade numa universidade estrangeira. O programa está disponível para os estudantes de qualquer uma das Instituições de Ensino Superior participantes do programa, oferecendo um complemento financeiro de 500 ou 1000 euros para estudantes com limitações financeiras que já tenham conseguido a oportunidade de estudar no estrangeiro. Tratando-se de uma bolsa, além dos critérios financeiros também o mérito académico é um dos factores de elegibilidade. 

Uma das particularidades destas bolsas do Santander Universidades é o papel que o banco atribui às próprias instituições de Ensino Superior aderentes. São estas que conhecem melhor a realidade social dos seus estudantes logo são estas que melhor sabem identificar e seleccionar os beneficiados, tal como se verificou no caso de Ana Tereza May. Esta responsabilidade partilhada é uma das razões que permite que todo o processo de decisão e atribuição prime pela rapidez. «Foi super-rápido, tanto tratar da candidatura, como depois receber o dinheiro. Tudo correu bem», conta-nos a estudante. A candidatura é apresentada de forma gratuita através de uma plataforma específica para o efeito. Na 1.ª edição das Bolsas Santander Mobilidade Global 2021, cujas inscrições terminaram no mês de Julho, participaram 16 instituições de ensino superior e foram oferecidas mais de 300 bolsas. 

Muito mais do que estudo

Ana Tereza May partiu para a experiência de Erasmus em Madrid com um plano bem desenhado. Retirando algo de positivo da pandemia de Covid-19, que baixou os preços na capital espanhola, e mantendo as suas prioridades bem definidas, conseguiu que a bolsa que o Santander lhe atribuiu sobrevivesse ao próprio período de Erasmus. «Foi uma questão de planeamento e de ter noção das prioridades», que é como quem diz fazer alguns sacrifícios conscientes. 

A estudante de Jornalismo, terminado o período de Erasmus, teve a oportunidade de investir ainda mais na sua experiência profissional obtendo um estágio de três meses na editoria em português do Deutsche Welle, emissora internacional alemã de grande relevância. E como fez tudo para assegurar que o dinheiro recebido da bolsa durasse o maior tempo possível, esta «aventura» na Alemanha tem também beneficiado do apoio do Santander. «Sem a bolsa, estaria numa situação bem mais apertada na Alemanha», conta-nos. «A bolsa ajudou-me com este estágio também, conseguiu dar-me uma folga», explica.

O estágio na Deutsche Welle termina em meados de Outubro. Há hipóteses de ficar, mas, não sendo esse o caso, os planos alternativos passam por aprofundar os estudos académicos com um mestrado em Jornalismo, ou procurar novas oportunidades como jornalista, «em contexto internacional». Depois de Brasil, Portugal, Espanha e Alemanha, o mundo aguarda-a.