A luta dos neonazis pelo poder, aldeia a aldeia

Há um estado alemão que é “um laboratório” para a extrema-direita, com campos de treino de tiro na floresta. As crianças são educadas com violência. Quem os contraria é ameaçado. Alguns grupos estão a preparar-se para um mítico Dia X, o dia em que a democracia vai ruir.

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Placa para tiro ao alvo Getty
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Placas em Jamel apontam a distância para a cidade que hoje é Wrockav, na Polónia, pelo seu nome alemão, Breslau, e para Braunau am Inn, a cidade da Áustria em que nasceu Adolf Hitler Getty

Antes eram distinguidos pelas cabeças rapadas e roupa de uma certa marca, por provocarem desacatos e ataques nas cidades. Hoje têm barba, as mulheres não usam calças, são ecológicos e defendem um modo de vida tradicional. Neonazis e extremistas estão a aproveitar partes pouco povoadas da Alemanha para fazer campos de treino e até ter locais seguros onde possam esconder-se. “Pensava que eram pessoas que viam demasiados filmes de terror, a brincar aos índios e cowboys na floresta, meio malucas, mas inofensivas”, diz o político Heiko Böhringer, da cidade de Ludwigslust (Norte), que acabou por ver o seu nome, e a sua casa, na lista de inimigos de um dos grupos. “Mudei de ideias.”

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