O desfile das estrelas da televisão na passadeira vermelha dos prémios da Academia de Artes e Ciências Televisivas é sempre um momento muito aguardado. Depois de um ano de pandemia, em que o glamour dos Emmys se fez a partir de casa, nomeados e convidados voltaram a desfilar, este domingo, no Microsoft Theatre, em Los Angeles. As expectativas eram elevadas e as celebridades tentaram corresponder às exigências do regresso das cerimónias de prémios presenciais. Billy Porter, Anya Taylor Joy e Cynthia Erivo foram as estrelas da noite.

É a 73.ª edição da entrega das estatuetas que celebram o melhor da televisão. Entre os nomeados destacavam-se as séries The Crown, The Mandalorian, Bridgerton, Emily in Paris, Black-ish ​e The Queen’s Gambit. A Netflix foi a grande vencedora da noite, arrecadando o Emmy de Melhor Série Dramática com The Crown, mas também o de Melhor Série Limitada com The Queen’s Gambit. 

Mas os Emmys não são só sobre séries, são, também, uma oportunidade para os designers de moda mostrarem o que de melhor sabem fazer, com criações exclusivas. Uma passadeira vermelha é uma montra de vaidades para o mundo, com dezenas de transmissões em directo para vários países, já para não falar das redes sociais.

Houve quem tivesse jogado por seguro, mas, ainda assim, sem perder a elegância. É o caso de Kate Winslet, num elegante vestido preto, ou de ​Elizabeth Olsen, de branco. Nas cerimónias de prémios, o vermelho costuma ser também uma escolha comum. ​Mandy Moore, Sarah Paulson, Catherine O'Hara e Tracee Ellis Ross apostaram no encarnado, ainda que em modelos bem distintos. Quem não se manteve na sua zona de conforto foi Kaley Cuoco, num vestido verde-lima, com um modelo que lhe assentava na perfeição.

E se há alguém que não joga pelo seguro na passadeira vermelha é Cynthia Erivo. Desta vez, a actriz deslumbrou com um arrojado e divertido vestido assinado pela Louis Vuitton, com penas de vários tons de azul na saia. Em entrevista à revista People, a protagonista de Genius: Aretha contou como se envolve na criação destes vestidos. A moda é uma das suas paixões e desta criação destaca o jogo de texturas.

Um coordenado nada consensual foi o de Emma Corrin, que vestiu Miu Miu. O vestido de decote “cai-cai” era simples, de corte direito. Foi a touca, que podia ter saído do guarda-roupa de Handmaid's Tale, que surpreendeu, bem como as unhas afiadas, pintadas de preto. Não se esperava, todavia, que a actriz britânica usasse um vestido digno de princesa Diana, sobretudo depois de, recentemente, ter falado publicamente sobre a sua indefinição quanto à identidade de género.

Já Anya Taylor-Joy foi um dos grandes destaques da passadeira vermelha do Microsoft Theatre. A protagonista de The Queen's Gambit desfilou num elegante modelo Dior, com um acessório especial ─ um casaco / capa volumoso em amarelo. O penteado também foi uma surpresa. A actriz tem usado sobretudo o cabelo caído. Parece que a “Beth” leva a moda tão a sério como o xadrez.

Mas não são apenas as actrizes a criar expectativa. Billy Porter tem-se destacado nas passadeiras vermelhas dos últimos anos e este domingo não foi excepção. Estava nomeado para Melhor Actor em série dramática, pelo papel de “Pray Tell” em Pose. O que vestiu nos Emmys era digno da sua personagem, com umas asas dramáticas, complementadas com jóias vistosas, incluindo um colar de esmeraldas.

Na categoria masculina, além de Billy Porter, a presença mais esperada na passadeira vermelha era Regé-Jean Page, o protagonista de Bridgerton, que deu vida ao duque de Hastings, derretendo o coração de milhares de fãs de todo o mundo. O actor britânico não desiludiu num fato azul-escuro em jacquard Giorgio Armani. 

Na galeria de imagens, acompanhe o desfile na passadeira vermelha dos Emmys 2021.