Pelo menos 14 mortos em incêndio numa unidade de tratamento de covid-19 na Macedónia do Norte

As razões por trás da explosão estão por determinar, estando uma investigação a ser conduzida por cinco magistrados do Ministério Público. Autoridades admitem que número de mortes “pode aumentar”.

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Incêndio deflagra numa unidade de tratamento da covid-19 num hospital em Tetovo Georgi Licovski/EPA

Pelo menos 14 pessoas morreram e 12 ficaram gravemente feridas depois de um incêndio que deflagrou na quarta-feira à noite na sequência de uma explosão numa unidade de tratamento de covid-19, no Noroeste da Macedónia do Norte, disseram as autoridades. 

O Ministério Público informou nesta quinta-feira que estão a ser realizadas as análises periciais pertinentes para se perceber quantas pessoas morreram no total. Análises de ADN terão de ser feitas em alguns dos corpos para determinar as suas identidades.

Segundo os meios de comunicação locais, as primeiras investigações sugerem que não há funcionários do hospital entre os mortos.

"Ocorreu uma enorme tragédia no centro covid-19 em Tetovo”, disse o primeiro-ministro da Macedónia do Norte, Zoran Zaev, que visitou imediatamente a pequena cidade do Noroeste do pequeno país dos Balcãs.

"Uma explosão provocou um incêndio. O incêndio foi extinto, mas perderam-se muitas vidas”, lamentou Zaev, numa mensagem divulgada na rede social Facebook.

Por seu lado, o ministro da Saúde, Venko Filipce, indicou, também no Twitter, que o número de vítimas mortais “pode aumentar”.

Segundo os bombeiros, o incêndio ocorreu por volta das 21 horas de quarta-feira e alastrou-se muito rapidamente, uma vez que o contentor utilizado para abrigar esta unidade de saúde foi fabricado com materiais inflamáveis.

O incêndio ocorreu na unidade de tratamento da covid-19 no hospital de Tetovo, quando a antiga república jugoslava celebrava o 30.º aniversário da independência, com várias festividades em Skopje, incluindo um desfile militar e policial e um concerto da orquestra filarmónica do país.

A explosão ocorreu por razões ainda por determinar, estando a investigação a ser conduzida por cinco magistrados do Ministério Público, que foram ao local para tentarem determinar as causas da tragédia.

No entanto, no mês de Abril foi publicado um relatório sobre este centro, onde detalhava erros de construção, algo que o director económico do centro, Artan Etemi, descreveu como “pequenos erros de infra-estruturas”, segundo a televisão Alsat-M.

Este tipo de centros sanitários começou a instalar-se pelo país para responder à pandemia para aumentar a capacidade de camas para tratamento dos pacientes.

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