Polícia detém quatro organizadores das vigílias de Tiananmen em Hong Kong

Vigílias realizavam-se anualmente mas foram proibidas nos últimos dois anos pelas autoridades, com a justificação que violavam as restrições impostas por causa da pandemia.

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Os líderes do grupo entregaram ontem uma carta à polícia a rejeitar um pedido de informações sobre a sua actividade TYRONE SIU/Reuters

Quatro líderes do grupo que promovia em Hong Kong as vigílias anuais sobre o chamado “massacre de Tiananmen” foram detidos após se terem recusado a cooperar numa investigação de segurança nacional, anunciou esta quarta-feira o movimento.

A Aliança de Hong Kong de Apoio aos Movimentos Democráticos Patrióticos da China disse que os quatro foram detidos no início da manhã, incluindo a vice-presidente da organização, Chow Hang-tung.

A aliança organizou vigílias em Hong Kong no aniversário da repressão chinesa contra manifestantes na Praça de Tiananmen em Pequim, em 1989, que resultou num número indeterminado de mortos.

A iniciativa costumava realizar-se anualmente, mas as autoridades proibiram as vigílias durante os últimos dois anos, afirmando que violavam as restrições impostas para combater a propagação da covid-19.

Os líderes do movimento entregaram uma carta à polícia na terça-feira a rejeitar um pedido de informação detalhada sobre as operações e finanças do grupo, feita ao abrigo da polémica lei de segurança de Hong Kong.

A polícia tinha advertido que o incumprimento podia resultar numa multa de 100 mil dólares de Hong Kong (10.890 euros) e numa pena de prisão até seis meses.

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