Em Hong Kong, há funerais que respeitam o adeus aos animais — e impedem que acabem no aterro

Os preços dos enterros levam a que, muitas vezes, os animais de estimação acabem no aterro comunitário. Mas nem todos querem um final desses para um companheiro. Por isso, há quem faça funerais respeitosos.

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Em Hong Kong, onde os terrenos estão a preço de ouro e os enterros são caros, os donos de animais de estimação podem escolher “funerais verdes” em mais de uma dúzia de crematórios de animais — uma opção que Kent Lunk, que tem um abrigo de cães, diz trazer compaixão às suas mortes.

Luk, dono do Paws Guardian Rescue Shelter, toma conta de cerca de 500 animais abandonados e acaba por ficar com muitos desses cães até à sua morte. E garante que fazer um funeral respeitoso traz dignidade ao final das suas vidas. Se entregasse os corpos ao Governo, iriam acabar num dos aterros da cidade. “Não queremos que eles acabem no lixo. Queremos que sejam tratados com algum respeito”, disse à Reuters. 

REUTERS/Lam Yik
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As cremações acontecem numa funerária de animais das redondezas, que lhe cobra uma taxa “simbólica”. Donos de outros animais pagam taxas mais altas, que podem começar nos 180 dólares (cerca de 150 euros) e ser ainda mais altas para animais maiores. 

Os donos podem despedir-se dos animais num quarto desenhado para o efeito. Depois, podem escolher levar as cinzas para casa ou espalhá-las no jardim da funerária. Joey Wong, que decidiu cremar a sua gata Suet Suet, disse querer espalhar as cinzas na raiz de uma palmeira que tem na varanda. Wong disse ainda que queria que Suet Suet tivesse rituais fúnebres, como os humanos. “Ela pode olhar para nós da varanda... E pode manter-se parte da nossa vida e estar com as crianças quando elas crescerem.”

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