Depois de um ano de sede, Porto Beer Fest está de volta: vai correr muita cerveja na Alfândega

Entre 1 e 5 de Setembro é tempo de Porto Beer Fest, que teve a edição de 2020 cancelada pela pandemia. E o regresso é marcado por uma novidade, a Sidra Alfa de Carrazeda de Ansiães. As cautelas impõem uma limitação diária de 600 pessoas e a entrada só é permitida a quem apresente certificado de vacinação ou teste negativo.

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Nuno Ferreira Santos

Após um ano “em branco”, Porto Beer Fest regressa nos primeiros dias de Setembro para celebrar a cerveja com os visitantes. Na Alfândega do Porto, a quinta edição do evento quer-se em festa, mas contida, já que vai ser marcada pela adaptação ao actual contexto pandémico. Apesar das limitações, vai contar com um portefólio de 30 cervejarias, entre nomes nacionais e internacionais: são cerca de 200 estilos diferentes de cerveja.

A grande aposta neste regresso é a portuguese grape ale, um estilo de cerveja que é feita com uvas autóctones portuguesas, disse à Fugas Octávio Costa, da organização do evento. Mas há espaço para mais estrelas, incluindo as cervejas barrel aged que utilizam um processo de maturação em barricas, junto às caves do vinho do Porto. “É um privilégio poder provar toda esta criatividade”, diz. Entre os convidados, sublinha a presença da cervejaria alemã Frau Gruber Brewing.

Este ano, a novidade no festival de cerveja é a inclusão de uma sidraria de Carrazeda de Ansiães (Bragança), a Sidra Alfa. “Há uma nova cultura da cerveja”, refere Costa, salientando que são “as próprias pessoas” que “procuram coisas novas”. “Queremos dar oportunidade às sidras e incluí-las no mundo da fermentação”, adianta. Paralelamente, o serviço de alimentação está garantido através de foodtrucks.

Numa tentativa de adaptação à situação pandémica, a organização recriou uma espécie de esplanada com vista para o Douro, onde as pessoas podem conviver, respeitando as regras sanitárias. “No fundo, o público vai estar sentado às mesas, mas pode levantar-se (sempre de máscara) e dirigir-se às barracas. Os momentos de confraternização devem ser à mesa”, salienta o membro da organização.

Devido ao novo coronavírus, o evento está limitado a uma capacidade máxima diária de 600 pessoas. Por essa razão, vai ser utilizado o método “twist counter”: que permite aos visitantes ausentarem-se do recinto, podendo voltar a entrar com a pulseira diária, desde que a lotação máxima não tenha sido atingida. “Se a lotação não estiver no limite podem entrar, no caso de estar terão de aguardar até que alguém saia”, comenta Octávio Costa.

O evento é aberto a todas as faixas etárias, mas o acesso é apenas permitido a quem apresente certificado de vacinação ou teste negativo – PCR, antigénio ou autoteste. A entrada diária para o evento só pode ser obtida na bilheteira do recinto, tem um custo de quatro euros e dá direito a um copo oficial de prova. Já dentro do recinto, os visitantes adquirem as fichas e podem escolher as suas cervejas.

Em 2020, por causa da pandemia, não houve Porto Beer Fest e, por isso, estas medidas são uma novidade na realização do evento. “Não podíamos deixar outro ano em branco, sem Porto Beer Fest. É preciso valorizar a marca, as cervejas e os cervejeiros”, confessa Octávio Costa. A nova realidade foi em si um desafio para a logística do evento e, segundo o membro da organização, isto fez com que o festival de cerveja fosse “erguido” em apenas 15 dias.

Ainda assim, salienta a importância local do evento, incluindo para os seus residentes: “Desde que o Porto Beer Fest existe, notámos que a cidade começou a empoderar-se com este movimento”, opina, destacando que hoje em dia o Porto tem mais de dezena e meia de estabelecimentos de cerveja artesanal que, ao longo do ano, “vão posicionando a cidade neste universo”.

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