Furacão Ida fez um morto e causou apagão em toda a cidade de Nova Orleães

Mais de um milhão de residências e empresas no Louisiana ficaram sem electricidade no final da noite de domingo, com a passagem do furacão Ida. A única fonte de energia em Nova Orleães provém de geradores. Até ao momento, a tempestade já causou uma morte.

furacoes,eua,mundo,meteorologia,america,catastrofes-naturais,
Fotogaleria
EPA/DAN ANDERSON
furacoes,eua,mundo,meteorologia,america,catastrofes-naturais,
Fotogaleria
Reuters/CYRUS TASALLOTI
,Afeganistão
Fotogaleria
Reuters/MARCO BELLO
,Furacão Barry
Fotogaleria
Reuters/MARCO BELLO
,Landfall
Fotogaleria
Reuters/MARCO BELLO
Furacão Ida
Fotogaleria
Reuters/MICHAEL DEMOCKER
furacoes,eua,mundo,meteorologia,america,catastrofes-naturais,
Fotogaleria
Reuters/MARCO BELLO
furacoes,eua,mundo,meteorologia,america,catastrofes-naturais,
Fotogaleria
Reuters/MARCO BELLO
furacão
Fotogaleria
Reuters/ADREES LATIF
Fotogaleria
Reuters/ADREES LATIF

Pelo menos uma pessoa morreu e milhões ficaram sem electricidade devido à passagem do furacão Ida no Luisiana. A vítima, um homem de 60 anos, morreu devido à queda de uma árvore, perto de Baton Rouge, capital do estado.

O furacão Ida causou também um apagão em toda a cidade norte-americana de Nova Orleães, horas depois da tempestade considerada de “extremamente perigosa” ter atingido terra. A cidade tem de recorrer a geradores.

As falhas de energia foram generalizadas nas primeiras horas da tempestade, com mais de um milhão de casas e empresas no Luisiana sem electricidade no final da noite de domingo, de acordo com o site de rastreamento Poweroutage.US.

O furacão Ida, vindo do Golfo do México, atingiu o estado do Luisiana pouco depois do meio-dia de domingo (17h em Lisboa), com ventos até 240 quilómetros por hora, chuvas torrenciais e ondas fortes que submergiram grande parte da costa, anunciaram os serviços meteorológicos norte-americanos.

O furacão de categoria 4 entrou perto de Fort Fourchon, a sul de Nova Orleães, 16 anos depois de o furacão Katrina ter devastado esta região do sul dos Estados Unidos, provocando mais de 1800 mortos. As autoridades norte-americanas recearam um efeito devastador, e procuraram assegurar abrigos para as populações deslocadas.

Centenas de quilómetros de novos diques foram construídos ao redor de Nova Orleães, depois de o Katrina ter inundado grande parte da baixa da cidade. Os engenheiros do exército americano esperam que os diques, recém-reforçados, aguentem. 

Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês) reportou inundações repentinas no sudeste da Luisiana, quase toda a produção offshore de petróleo do Golfo foi suspensa e os principais portos ao longo das costas da Luisiana e do Mississípi foram fechados ao transporte marítimo.

O Ida registou já rajadas de cerca de 280 km/h, quando a tempestade estava a cerca de 280 quilómetros a sudeste da costa de Houma, no Luisiana. Entretanto, à medida que avança em direcção ao interior, os ventos máximos diminuíram e o furacão passou a uma tempestade de categoria 1, segundo o NHC.​

Hospitais já quase lotados devido à pandemia

Os hospitais de Nova Orleães enfrentam a tempestade já com as camas quase em lotação máxima devido à pandemia da covid-19, existindo o receio de que os abrigos para aqueles que fogem ao Ida possam representar um risco adicional para novas infecções.

A aproximação da tempestade forçou a suspensão dos serviços médicos de emergência, impedindo a retirada de cerca de 2450 doentes com covid-19 hospitalizados em todo o estado, muitos em unidades de cuidados intensivos.

Uma perda de energia do gerador no hospital Thibodaux Regional Health System, em Lafourche Parish, sudoeste de Nova Orleães, forçou os profissionais a assistirem manualmente os pacientes a respirarem com um ventilador, enquanto eram transferidos para outro andar, confirmou à Reuters o Departamento de Saúde do estado.

Sugerir correcção
Comentar