Ministério da Defesa garante que militares portugueses estão bem e que vão deixar Cabul “dentro de horas”

Ministério da Defesa avançou que trabalho dos quatro militares portugueses no aeroporto de Cabul no apoio à retirada de cidadãos afegãos estava “praticamente concluído” e dizia que iriam sair de Cabul “dentro de algumas horas”.

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Portugueses estão bem Reuters/HANDOUT

Os quatro militares portugueses que estão no aeroporto de Cabul para apoiar a retirada de cidadãos afegãos “estão bem”, não tendo sido afectados pela explosão junto àquela infra-estutura da capital afegã, avançou o Ministério da Defesa à Lusa.

Os quatro militares em questão, integrados no contingente espanhol, têm a missão de apoiar a retirada de 116 pessoas que constam nas listas prioritárias do Governo português, e que incluem cerca de 20 intérpretes afegãos que trabalharam com as Forças Nacionais Destacadas portuguesas e os seus familiares.

Em declarações à RTP na quarta-feira, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, adiantou que os quatro militares estão a trabalhar “dentro do aeroporto”, por não existirem condições para saírem do local, tendo como missão “ajudar” os indivíduos que constam nas listas prioritárias a “entrar dentro do aeroporto e a passar para os aviões”.

“É uma missão de risco, com certeza que é, porque toda a situação é uma situação extremamente delicada e difícil. Os nossos militares estão preparados e treinados para isso, com todas as qualidades necessárias para desempenhar bem a sua missão”, afirmou Gomes Cravinho na altura.

Horas depois, o ministro avançava que o trabalho dos quatro militares portugueses no aeroporto de Cabul no apoio à retirada de cidadãos afegãos estava “praticamente concluído” e dizia que iriam sair de Cabul “dentro de algumas horas”.

Em declarações à SIC na quinta-feira à noite, João Gomes Cravinho revelou que os quatro militares “actualmente estão empenhados em colocar nos aviões os 38 afegãos identificados e validados” para viajarem para Portugal e que a missão dos quatro miliares “está quase concluída” e sairão de Cabul “dentro de algumas horas”.

“Eles têm feito um trabalho absolutamente notável, em circunstâncias muito difíceis, de trazer para dentro do aeroporto [de Cabul] e colocar em aviões pessoas que trabalharam com as forças nacionais destacadas portuguesas, ou seja, tradutores, intérpretes e os seus familiares”, precisou o ministro.

Na quinta-feira, um duplo atentado suicida abalou o aeroporto de Cabul, causando pelo menos 85 mortos e 140 feridos, na maioria afegãos que tentavam embarcar em voos dos países aliados, que também sofreram baixas.

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