Vizinhança, um património da rua

Em Espanha, um município quer elevar a património da humanidade as conversas entre vizinhos, na soleira da porta. Em Portugal a tradição existe, está a perder-se, mas resiste em alguns lugares, como na Afurada, em Gaia, onde a vizinhança se exercita, dia-a-dia, no espaço público.

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Sempre que o tempo começa a arrefecer depois do calor sufocante de um dia de Verão, ainda é certo que veremos os andaluzes de Algar sentados nas suas cadeiras, à porta de casa, para uma conversa ao sabor da brisa fresca e das estórias que cada um tem para contar. Por ali, neste pequeno município espanhol na província de Cádis, onde vivem cerca de 1400 pessoas, a tradição do corro de sillas al fresco ainda é o que era. Para as celebrar, e para as proteger das correntes do tempo, o presidente da câmara decidiu candidatar este hábito a património cultural imaterial da UNESCO, como o El País noticiou, esperando que tenha lugar nessa lista em que constam outros rituais tão mundanos como a cultura da sauna na Finlândia e da cerveja na Bélgica ou uma competição de corte de relva comum na Bósnia-Herzegovina.

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