Num jogo de vertigens, o Benfica caiu menos

“Encarnados” chegaram a ter dois golos de vantagem sobre o PSV, mas permitiram que o adversário reduzisse na segunda parte. Ainda assim, partem para a 2.ª mão do play-off na frente da eliminatória.

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É uma vantagem curta, mas importante. Num jogo que, como se previa, foi equilibrado e com poucas amarras defensivas, o Benfica passou por dificuldades, mas conseguiu derrotar o PSV, por 2-1, e na próxima semana entrará no Philips Stadion na frente da eliminatória. No Estádio da Luz, na primeira mão do play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, as “águias” chegaram ao intervalo com dois golos de vantagem (marcaram Rafa e Weigl), mas os visitantes reduziram por Gakpo no início da segunda parte.

Para uma eliminatória em que ambas as equipas têm muito a perder — prestígio e dinheiro —, a primeira incógnita era saber como é que Jorge Jesus ia tentar ganhar o braço-de-ferro com o alemão Roger Schmidt. Se do lado do técnico do PSV havia poucas dúvidas de que iria manter o habitual 4x2x3x1 — o que se confirmou —, do lado do treinador do Benfica a ausência de Vertonghen deixava um problema para resolver.

Sem o belga, no último fim-de-semana Jesus recuperou contra o Arouca o 4x4x2, dando minutos a Morato e descanso a Veríssimo. Porém, para um dos jogos mais importantes da época, o treinador benfiquista mostrou que, ao contrário do que aconteceu noutras temporadas, a aposta nos duelos com grau de dificuldade elevado é na estabilidade.

Sem coelhos tirados da cartola à última hora, Jesus decalcou a táctica e os nomes que utilizou em Moscovo, frente ao Spartak, com apenas duas mexidas forçadas. Sem Vertonghen, Morato mereceu um voto de confiança e jogou no trio defensivo; com Seferovic de fora, Yaremchuk ganhou a luta com Gonçalo Ramos para alinhar na zona central do ataque.

De resto, sem deixar que as armas do adversário condicionassem a sua estratégia, Jesus atacou o PSV com um 3x4x3 que expunha a sua equipa a um dos trunfos do rival (a mobilidade de Götze, Gakpo, Madueke e Zahavi), mas que procurava explorar as debilidades defensivas da equipa de Eindhoven. 

Deste cocktail táctico, que colocava frente a frente equipas num bom momento e com um saldo 100% vitorioso, resultou o que se previa: um jogo de qualidade, disputado a um ritmo vertiginoso e que podia ter terminado com uma mão-cheia de golos, mas do qual o Benfica saiu por cima ao conseguir mais equilíbrio. 

Sem nenhuma tendência definida, o início mostrou um PSV a procurar pressionar o trio defensivo “encarnado”. Porém, a eficácia benfiquista começou a desequilibrar a balança no minuto 10: na primeira jogada de perigo, Pizzi colocou em Yaremchuk, o ucraniano isolou Rafa e o extremo, que tinha sido o autor do primeiro golo na eliminatória frente ao Spartak, desviou de forma subtil para o fundo da baliza de Drommel. 

Com qualidade, o Benfica deixava pela primeira vez esta época o PSV em desvantagem, ficando numa posição mais confortável para se proteger de um dos principais perigos da equipa dos Países Baixos: a forma como explora, através da velocidade, o espaço dado pelos rivais. 

Sem descurar o ataque, o Benfica passou, a partir desse momento, a mostrar pouca preocupação em assumir o controlo da partida e o PSV não teve pudor em pegar no jogo. Formatada para atacar, a equipa de Eindhoven passou a surgir com assiduidade perto da área de Vlachodimos e, aos 28’, Zahavi colocou a bola no fundo da baliza, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo. 

Nos minutos seguintes, com Madueke (o inglês foi um quebra-cabeças para Grimaldo) e Gakpo em destaque, o PSV voltou a assustar, mas antes do intervalo foi o Benfica que marcou novamente: após um pontapé de canto, Weigl surgiu no sítio certo e fez o 2-0.

Com menos posse de bola, o Benfica ganhava uma vantagem excelente, mas, após alguns avisos, os holandeses foram recompensados logo no início da segunda parte. Aos 51’, aproveitando alguma liberdade na zona central, Gakpo conduziu um contra-ataque, rematou e um ligeiro desvio em Otamendi tirou a bola do alcance de Vlachodimos. 

O golo do PSV tirou tranquilidade ao Benfica que, com o decorrer dos minutos, perdeu fulgor e capacidade para criar situações de perigo como na primeira parte, mas a quebra benfiquista não foi aproveitada pelo adversário, que, por mérito de Rafa (63’) e Vlachodimos (69’), não conseguiu voltar a marcar.  

Com a equipa em dificuldades, Jesus fez uma incomum substituição quádrupla aos 71’ (André Almeida, Meité, Ramos e Everton) e, com isso, conseguiu quebrar o ímpeto do PSV, segurando uma sofrida, mas importante vantagem de um golo. 

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