“O soldado desconhecido” do 25 de Abril

Para lá de terem de ser instauradas, as democracias têm de ser quotidianamente queridas e renovadas pelas sucessivas gerações.

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Tanques no Terreiro do Paço, no 25 de Abril de 1974 lusa

1. A morte de Otelo Saraiva de Carvalho suscitou um debate na esfera pública que foi mais um reflexo das linhas de tensão do presente do que verdadeiramente uma apreciação desapaixonada do passado. Por hoje, não me interessa regressar a essa discussão, apesar de ter ideias muito claras sobre ela. Interessa-me, isso sim, tratar de uma outra questão que o dito debate me suscitou. A discussão andou basicamente à volta da avaliação do papel positivo ou negativo de certas personalidades, do seu contributo mais ou menos decisivo para o curso dos acontecimentos. Quem pensou afinal o dia 25 de Abril? Quem foi o estratega? Quem foi o operacional? Foi mais importante este ou aquele, um certo grupo ou outro? Ou, andando mais adiante, e no PREC? E no 25 de Novembro? E a seguir? As armas da foram terçadas exclusivamente num registo típico da velha e clássica “história-personagem-batalha”.

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