Algarve, Lisboa e ilhas com maiores recuperações no turismo em Junho

Alojamentos turísticos tiveram proveitos de 212,2 milhões em Junho, quatro vezes acima do mesmo mês do ano passado, mas ainda muito inferior ao registado em Junho de 2019.

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Algarve representou 37% do total das receitas de Junho Miguel Manso

O mês de Junho trouxe consigo alguns sinais positivos para o sector do turismo, com um forte crescimento face a idêntico período de 2020 (muito influenciado pela covid-19), embora ainda abaixo dos valores de pré-pandemia e distribuído de forma diferenciada pelas várias regiões do país.

De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo INE, o sector do alojamento turístico (excluindo as unidades de alojamento local com menos de 10 camas) teve proveitos totais de 212,2 milhões de euros no mês em análise, quatro vezes acima de Junho do ano passado. No entanto, recuando para Junho de 2019 (ano em que foram batidos novos recordes), o encaixe agora conhecido é inferior em 54%.  

Os 212 milhões de euros mostram ritmos diferentes de recuperação, com os dois arquipélagos a registarem o maior salto em termos em homólogos, mas porque os proveitos foram muito baixos em Junho de 2020. Assim, a Madeira disparou 3422%, mas não foi além dos 18,6 milhões, enquanto os Açores subiram 957% para chegar aos 6,7 milhões.

No topo das receitas ficou o Algarve, com 79,6 milhões (+357%), o que equivale a 37% do total, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa com 36,8 milhões (+417%). O Norte teve proveitos de 30,1 milhões (+187%), seguindo-se o Centro com 21,6 milhões (+187%) e o Alentejo com 18,6 milhões (+105%).

Contas feitas ao semestre, os proveitos totais do sector chegaram aos 463 milhões de euros, o que representa uma descida de 13,4% em termos homólogos.

No primeiro semestre deste ano, de acordo com o INE, o indicador “proveito médio por dormida” foi de 41,9 euros, mais 12,6% face ao mesmo período do ano passado, mas inferior em 2,7% quando comparado com o primeiro semestre de 2019.

Os turistas estrangeiros continuam a ser menos do que os portugueses, tendo os residentes subido mesmo 24% em número de dormidas face aos primeiros seis meses do ano passado, chegando aos cinco milhões, enquanto os não residentes recuaram 51% para três milhões. No caso de Junho, houve uma subida de portugueses e de estrangeiros, cabendo a estes últimos uma fatia de 27% dos 1,3 milhões de hóspedes e 41% dos 3,4 milhões de dormidas.

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