Unilabs confirma “problema” no frigorifico das vacinas no Queimódromo do Porto

Gouveia e Melo diz que “não há nenhum risco para a saúde das pessoas” vacinadas nos últimos dias no centro instalado no Queimódromo.

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LUSA/ESTELA SILVA

Os laboratórios Unilabs confirmaram hoje à Lusa ter havido “um problema” no frigorífico de armazenamento das vacinas no centro de vacinação do Queimódromo, no Porto, tendo o mesmo sido resolvido logo que detectado.

“A Unilabs confirma ter havido uma falha na cadeia de frio no centro de vacinação do Queimódromo, no Porto. A situação foi prontamente resolvida assim que detectada”, referiu fonte oficial da Unilabs.

Por este motivo, a vacinação contra a covid-19 no Queimódromo do Porto foi suspensa pela coordenação da task-force e pedida uma investigação à Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), foi hoje anunciado.

A Unilabs explicou que “o problema ocorreu no frigorífico de armazenamento das vacinas, tendo a sua causa sido já devidamente analisada, interna e externamente, com as medidas de mitigação e reforço da prevenção desta ocorrência a serem postas em prática”.

Foram ainda alertadas as autoridades de saúde competentes no processo de vacinação para poderem ser postos em prática os protocolos necessários de salvaguarda de todos os utentes, acrescentou.

“Temos, neste momento, as nossas equipas no terreno, com os demais parceiros do centro de vacinação do Queimódromo, estando operacionais a partir deste sábado para que, se as autoridades de saúde e a task-force assim o entendam, possamos continuar a apoiar o país no esforço de vacinação”, concluiu a fonte.

Já esta manhã, o coordenador da task-force para o plano de vacinação contra a covid-19 disse que “não há nenhum risco para a saúde das pessoas” vacinadas nos últimos dias no centro instalado no Queimódromo.

“A vacinação foi suspensa, houve uma quebra nos procedimentos de farmacovigilância e essa quebra não nos dá confiança para continuar a operar sem fazermos umas investigações, que já foram estabelecidas e estão a ser iniciadas. Todas as pessoas que foram vacinadas num período específico em que ocorreu a quebra de segurança estão a ser contactadas”, disse o vice-almirante Henrique de Gouveia e Melo.

Em declarações aos jornalistas durante uma visita ao Centro de Vacinação do ACES Porto Ocidental, instalado no Regimento de Transmissões do Porto, o coordenador da task-force afirmou que “não há nenhum risco pada a saúde dessas pessoas, o único risco que pode haver é a vacinação ser um ato nulo”.

A covid-19 provocou pelo menos 4.323.957 mortes em todo o mundo, entre mais de 204,7 milhões de infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde Março de 2020, morreram 17.514 pessoas e foram registados 993.241 casos de infecção, segundo a Direcção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

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