Covid-19: Governo avança com testes de imunidade a idosos e funcionários de lares

O objectivo deste estudo é aumentar o conhecimento científico actual sobre a duração dos efeitos da vacina nesta população, através da análise da imunidade dos idosos mais vulneráveis que já receberam a vacina, comparando-a com a dos funcionários vacinados na mesma altura.

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Paulo Pimenta

O Governo vai avançar com testes serológicos nos lares de idosos, mas apenas numa amostra. Será feito “um estudo serológico a uma amostra de cinco mil funcionários e utentes dos lares”, informa o comunicado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. A participação no estudo, que já se encontra em preparação há várias semanas, será voluntária e vai decorrer ainda em Agosto.

 "O objectivo deste estudo é aumentar o conhecimento científico actual sobre a duração dos efeitos da vacina nesta população, através da análise da imunidade dos idosos mais vulneráveis que já receberam a vacina, comparando-a com a dos funcionários vacinados na mesma altura. O estudo será conduzido pelo Algarve Biomedical Center (ABC) e pela Fundação Champalimaud, e os resultados serão apresentados publicamente em Setembro”, partilhados com as autoridades de saúde e poderão contribuir para decisões futuras sobre esta matéria, informa o Governo.

“O estudo será conduzido nas regiões do Algarve e Alentejo. O ABC vai contactar todas as instituições destas regiões, solicitando a participação dos utentes e dos profissionais, até se atingir a meta de cinco mil participantes.” A participação no estudo não vai acarretar quaisquer custos para as instituições.

O comunicado lembra que, “no âmbito da vacinação de utentes e profissionais de lares, foram já vacinados 99% dos idosos nos lares e 97% dos funcionários, um esforço que continuará até se garantir a cobertura integral de vacinação nesta população.”

De acordo com dados da task force, falta ainda vacinar cerca de mil utentes de lares, a esmagadora maioria dos quais (cerca de 90%) por terem estado infectados com covid-19, estando a aguardar o final dos 90 dias para poderem tomar a vacina. No caso dos funcionários, falta ainda vacinar cerca de 2100 pessoas, cerca de 70% dos quais por se encontrarem a recuperar de infecção por covid-19. Os restantes não tomaram ainda a vacina por serem novas contratações ou por terem razões de saúde que desaconselham a vacina.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse esta sexta-feira que ainda não está em cima da mesa a administração a idosos de uma terceira dose de vacina contra a covid-19, considerando que “é preciso robustez científica e dados consolidados”.

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