Não caio na armadilha da esquerda sobre Otelo

A defesa da democracia não está para brincadeiras. Os seus inimigos estão por todo o lado. Não podemos ser implacáveis com uns e redondos e compreensivos com outros. Nessa armadilha eu não caio.

Era previsível que a esquerda viesse insinuar que qualquer pessoa que lembre os instintos antidemocráticos e os actos criminosos ligados a Otelo Saraiva de Carvalho só o faz porque é de extrema-direita e deseja por todos os meios vingar-se do 25 de Abril. Era fatal como o destino que isso acontecesse, como de facto aconteceu, porque o destino da nossa esquerda também é andar desde 1974 a sugerir que toda a direita é por definição de extrema-direita e imprópria do regime democrático, e que por isso deve viver sob tutela da esquerda num limbo de cidadania diminuída. É uma estratégia bem conhecida, que serve para a esquerda desqualificar o adversário e inclinar o campo de jogo a seu favor, tentando vencer todos os debates políticos logo à partida. A lógica é simples: a direita só pode ser derrotada, porque a direita nem sequer aqui deveria estar.

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