Mais 14 mortes e 2595 casos de covid-19 em Portugal. R(t) abaixo de 1, incidência também desceu

Há menos 30 pessoas internadas, menos nove em cuidados intensivos. R(t) está abaixo de 1 pela primeira vez desde meados de Maio. Há mais de três mil cidadãos recuperados.

Portugal registou, na quinta-feira, 14 mortes relacionadas com a covid-19 e 2595 novas infecções pelo novo coronavírus, de acordo com o boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado nesta sexta-feira. No total, desde o início da pandemia, já foram reportados 966.041 casos de covid-19 e 17.344 óbitos associados à doença.

Há, actualmente, 924 pessoas internadas com covid-19, menos 30 do que no balanço anterior. Nas unidades de cuidados intensivos (UCI) contam-se agora 199 pessoas hospitalizadas (menos nove).

É a primeira vez desde 14 de Maio que o R(t) está abaixo de 1. O índice de transmissibilidade está agora em 0,98, tanto em termos nacionais como continentais, valor que representa uma descida em relação à última actualização (era de 1,01). Este indicador permite perceber quantas novas infecções derivam de um único caso de covid-19. Na prática, se este valor for igual a 1 quer dizer que uma pessoa infectada vai dar origem a outro caso de infecção. Caso esteja acima de 1, o número de casos irá aumentar; se for inferior a 1, haverá uma diminuição das infecções.

Também foi registada uma descida na incidência da doença, indicador que vinha a subir consecutivamente desde meados de Maio (mais precisamente desde dia 14 desse mês), altura em que existam 50,3 casos por 100 mil habitantes. Na quarta-feira, Portugal tinha 428,3 casos por 100 mil habitantes, valor que desceu nesta sexta-feira para 419,2 casos.

Norte com 36% dos novos casos, LVT com 35%

A maior parte dos casos desta quinta-feira foi registada no Norte (950 novas infecções ou 36,6%) e, depois, em Lisboa e Vale do Tejo (913 novos casos, ou 35,1%).

Lisboa e Vale do Tejo é a região com o maior número de casos acumulados e de mortes do país: há 377.697 casos confirmados e 7400 óbitos (mais quatro). O Norte é a segunda: são 374.443 os registos de infecção e 5422 mortes por covid-19 — mais cinco. O Centro contabiliza 129.566 infecções (289 novas) e 3042 mortes (uma em 24 horas). O Alentejo totaliza 33.673 casos (130 novos) e 982 mortes (duas em 24 horas). No Algarve, há 32.638 casos de infecção (mais 234) e 389 óbitos (mais dois). A Madeira regista 10.581 casos de infecção (23 novos) e 71 mortes. Já os Açores somam 7443 casos (mais 56) e 38 mortes.

Há ainda a reportar mais 3331 casos de recuperação, num total de 897.886 desde o início da pandemia, e menos 750 casos activos, o que significa que 50.811 portugueses ainda lidam com a doença. Há agora menos 410 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, num total de 78.737.

Os dados do relatório da DGS indicam que, do total de mortes registadas, 9101 são homens e 8243 são mulheres. Das 17.344 pessoas que morreram até à data de covid-19 em Portugal, 11.348 tinham acima de 80 anos, o que corresponde a 65,4%. Das 14 mortes contabilizadas esta sexta-feira, oito foram registadas em pessoas acima dos 80 anos, três em cidadãos entre os 70 e os 79 anos e duas em pessoas da faixa etária dos 60 aos 69 anos. Há ainda a registar a morte de um homem que tinha entre 40 e 49 anos.

O país avança, no próximo domingo, para a primeira de três novas fases de desconfinamento, segundo anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro. A partir de 1 de Agosto, em todo o continente, o comércio, a restauração, os casamentos, baptizados e espectáculos culturais voltam a funcionar nos horários normais, mas terão de encerrar às 2h e cumprir as regras da Direcção-Geral da Saúde (DGS). António Costa afirmou que é o momento do país poder “passar a conduzir a gestão da pandemia em função de um critério fundamental que é a taxa de vacinação”.

Os indicadores que até aqui compunham a matriz de risco que guiava o desconfinamento (o índice de transmissibilidade e a incidência) vão deixar de ser utilizados para esse fim, mas continuarão a ser monitorizados. “Vamos deixar de fazer a associação das medidas semanalmente adoptadas em função da evolução da matriz, não se justifica nesta fase com esta taxa de vacinação, mas vamos ter em conta os diferentes sinais de alerta”, explicou o primeiro-ministro.

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