Portugal não fez o luto dos capitães de Abril

Otelo, Melo Antunes e Salgueiro Maia não ganharam nada com o que fizeram. Não foram tratados em vida nem na morte com a importância do papel que desempenharam.

Otelo Saraiva de Carvalho, Ernesto Melo Antunes e Salgueiro Maia não tiveram as devidas homenagens do Estado na hora da morte. O cérebro, o ideólogo e o protagonista da Revolução dos Cravos não foram merecedores de luto nacional por diferentes razões. O primeiro não as teve porque os dois anteriores também não as tiveram. Salgueiro Maia morreu a 3 de Abril de 1992. O primeiro-ministro era Cavaco Silva e Mário Soares ocupava Belém. Melo Antunes morreu a 10 de Agosto de 1999. O primeiro-ministro chamava-se António Guterres e em Belém estava Sampaio.

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