Flora Duffy ganhou o ouro mais famoso das Bermudas

A triatleta ganhou a primeira medalha de ouro daquele território insular britânico.

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Flora Duffy EPA/LAURENT GILLIERON

Flora Duffy já tinha recebido um OBE, distinção atribuída pela rainha de Inglaterra aos súbditos que se destacam em qualquer actividade. No caso de Duffy, foram os serviços prestados ao desporto das Bermudas que lhe valeram a distinção da monarca inglesa. E agora, ao ter conquistado a primeira medalha de ouro daquele arquipélago das Caraíbas, membro da Commonwealth, espera que as coisas acabem melhores para si do que acabaram para aquele que era, até esta terça-feira, o único outro medalhado olímpico da ilha.

Após ter ganhado o bronze na categoria de pesos-pesados no torneio olímpico de boxe, nos Jogos de 1976, a vida de Clarence Hill entrou numa espiral negativa que o levaram ao consumo de drogas e à prisão por consumo de estupefacientes e assaltos à mão armada.

Com apenas 64 mil residentes as Bermudas são um território insular britânico localizado no Atlântico Norte e passaram agora a ser a mais pequena nação a conquistar uma medalha de ouro olímpica. Duffy espera que a sua vitória na prova de triatlo feminino inspire a próxima geração.

“Somos um pequeno país mas muito focados no desporto”, disse ela. “Estou muito grata por ter alcançado este feito a nível pessoal, mas isto é maior do que eu. Vai inspirar os jovens das Bermudas e mostrar que quem vem de uma pequena ilha pode competir no palco mundial.

Duffy participou nos Jogos de 2008 e 2012 mas depois de ter ido aos Jogos do Rio, em 2016 com enormes expectativas de chegar a uma medalha, ela terminou num desapontante oitavo lugar.

Três campeonatos do mundo e uma medalha de ouro nos Jogos da Commonwealth em 2018 reforçaram o seu estatuto de uma das melhores triatletas mundiais mas eram os Jogos Olímpicos que a motivavam e, com 33 anos, Duffy sabia que Tóquio 2020 ia ser a sua última oportunidade.

“Ser campeã olímpica era o meu sonho desde criança por isso, o que me passou pela cabeça no momento em que cortei a meta penso que foi a sensação de alívio depois da pressão e das expectativas de 2016”, confessou Duffy aos jornalistas.

“O evento-teste que se disputou aqui em 2019 foi a minha primeira corrida depois de mais de um ano parada, por causa de uma lesão num pé. Esse foi o primeiro passo para o meu regresso àqueles que deveriam ter sido os Jogos de 2020, por isso um ano extra ajudou realmente – embora 2021 também não tenha sido fácil”, concluiu.

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