Galp lucra 166 milhões de euros até Junho

Empresa destaca melhoria das condições de refinação a nível internacional, mas diz que vendas de combustíveis continuaram a ser afectadas por restrições à mobilidade e um “contexto económico negativo”.

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Em Junho, a Galp e os seus parceiros confirmaram o desenvolvimento do campo de Bacalhau, no pré-sal brasileiro, na Bacia de Santos Reuters/Pilar Olivares

Depois do prejuízo anual de 42 milhões de euros em 2020, a Galp continua a recuperar das condições atípicas do ano passado. A petrolífera anunciou esta segunda-feira que registou lucros de 166 milhões de euros no primeiro semestre (depois de um prejuízo de 22 milhões no semestre homólogo), quase todo já sob liderança do britânico Andy Brown.

O resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) superou a barreira dos mil milhões no semestre (1,071 mil milhões), um aumento de 41% face ao período homólogo, “dadas as melhores condições de mercado”, refere a empresa.

Destes, 903 milhões vieram da exploração e produção de petróleo, praticamente o dobro face aos 490 milhões de euros do mesmo período de 2020.

No primeiro semestre, o resultado operacional da Galp atingiu os 588 milhões de euros, que representaram um aumento de 428 milhões face aos 161 milhões registados na segunda metade de 2020.

A empresa refere que as vendas de produtos petrolíferos diminuíram 2% em volume no primeiro semestre, devido à manutenção de algumas restrições à mobilidade na Península Ibérica, “e um contexto económico negativo”, que também afectou as vendas de gás ao segmento empresarial.

Assim, o EBITDA desta área de negócio caiu 5% no semestre, para 142 milhões de euros, “devido aos menores volumes de produtos petrolíferos e gás natural vendidos a clientes directos no período”.

O EBITDA da actividade de refinação da Galp também diminuiu de 64 milhões, para 45 milhões, “apesar do melhor desempenho da refinação em 2021”, adianta a Galp.

No semestre, a margem de refinação da Galp, que traduz a rentabilidade associada a cada barril de crude, subiu em 0,6 dólares face a Junho de 2020, para 2,1 dólares por barril, “reflectindo o contexto de refinação mais favorável a nível internacional”.

Segundo a petrolífera, os custos de refinação diminuíram de 2,8 dólares por barril, para 1,7 dólares, “considerando apenas os custos operacionais da refinaria de Sines, e uma vez que o sistema funcionou em condições sub-óptimas em 2020”.

A dívida líquida da empresa era de 1,5 mil milhões de euros no final de Março, mas subiu em 159 milhões de euros (para cerca de 1,7 mil milhões) “para acomodar o pagamento de dividendos”. A empresa entregou 290 milhões de euros aos accionistas no segundo trimestre.

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