Harvey Weinstein extraditado para a Califórnia para enfrentar segundo julgamento por violação

Rosto número 1 do movimento #MeToo, enfrenta novas 11 acusações de noutra cidade. Está preso em Nova Iorque a cumprir 23 anos de prisão.

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Weinstein em tribunal em Nova Iorque em 2020 LUCAS JACKSON/Reuters

Harvey Weinstein, antigo produtor e distribuidor de cinema e rosto número um do movimento #MeToo, foi extraditado de Nova Iorque para Los Angeles na terça-feira para ser julgado por violação e agressão sexual. Weinstein está a cumprir pena de 23 anos de prisão em Nova Iorque após ter sido condenado em Fevereiro de 2020 por outros casos de agressão sexual e violação.

Em Los Angeles, onde já chegou, será presente em julgamento por 11 acusações de ataques a cinco mulheres entre 2004 e 2013. As acusações que enfrenta em Los Angeles incluem violação com uso de força, cópula sexual com uso da força, agressão sexual e penetração sexual com uso de força. Se for condenado, Weinstein enfrenta penas que podem significar que passe o resto da vida na prisão.

A polícia de Los Angeles disse que Weinstein chegou à cidade e, “depois de ter luz verde após avaliação clínica, clinicamente, será detido e ficará sob custódia dos Xerifes do Condado de Los Angeles”. Não há ainda data para a sua presença em tribunal.

Weinstein, de 69 anos, está neste momento a recorrer da condenação e sentença de Nova Iorque e nega ter tido contactos sexuais não-consensuais. Estava também a tentar evitar a sua extradição, evocando motivos médicos nomeadamente problemas cardíacos, de costas e vista, para além de diabetes.

Harvey Weinstein era um dos mais poderosos produtores de televisão e cinema em Hollywood antes de terem vindo a público, em 2017, alegações de mais de 80 mulheres que o acusam de violência sexual e que alicerçaram o movimento #MeToo. É co-fundador do estúdio Miramax, cujos êxitos incluem A Paixão de Shakespeare e Pulp Fiction. A sua própria produtora e estúdio, a Weinstein Company, faliu em Março de 2018.

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