Pedro Adão e Silva: “A capacidade de adaptação dos serviços públicos foi surpreendente”

Seis perguntas a Pedro Adão e Silva, coordenador do estudo, juntamente com Ricardo Paes Mamede.

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Pedro Adão e Silva (ISCTE) D.R.

Tal como viver em pandemia, governar em contexto pandémico exigiu muita imaginação e flexibilidade e, como dizem no estudo, a par da exposição das fragilidades já existentes houve também uma capacidade de adaptação “notável”, com respostas eficazes em vários domínios. Em que áreas é que o Estado esteve melhor e quais aquelas em que funcionou menos bem?
A nota mais relevante que nos permite olhar com optimismo para a gestão política da pandemia está na capacidade de adaptação. Há serviços públicos que, passando rapidamente para o teletrabalho, foram capazes de continuar a fazer aquilo que já faziam e sobre isso dar resposta a solicitações que ninguém imaginava. Os serviços da Segurança Social continuaram a processar todas as prestações que processam normalmente, mas passaram a ter que tratar de pedidos de layoff em números que ninguém imaginava possível. Essa capacidade de adaptação acaba por ser positivamente surpreendente, porque há um discurso interiorizado sobre alguma fragilidade da capacidade de resposta dos serviços públicos em Portugal.

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