Doce Meu, Doce Meu, haverá alguém mais guloso do que eu?

A cidade de Coimbra acaba de ganhar um novo salão de chá. Está virado para a Praça 8 de Maio e é especialmente recomendado a amantes de doces.

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O Morgado do Bussaco é uma das estrelas da casa Adriano Miranda
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O novo salão de chá de Coimbra abriu a 6 de Julho Adriano Miranda
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As vistas são aprazíveis, a sala acusa uma boa dose de requinte, mas é a montra quem nos rouba a atenção. Doces de ovos, macarons, bolos à fatia, biscoitos dos mais variados sabores e feitios, são eles o verdadeiro cartão-de-visita da casa que é doce até no nome. A Doce Meu acaba de abrir portas em Coimbra, num local privilegiado – no final da Rua Visconde da Luz, mesmo em frente à Praça 8 de Maio  e com o saber fazer de uma reconhecida confeitaria da “vizinha” cidade de Aveiro. Por isso mesmo, os ovos-moles também têm lugar cativo na vitrina, ao lado de uma das estrelas da casa, o Morgado do Bussaco, e do doce criado em exclusivo para a Doce Meu, o Santa Cruz.

“É um doce com pêra confitada, amêndoa, gema de ovo e açúcar”, desvenda Gonçalo Santos, gerente do espaço, a par com Francisco Coelho, antes de nos dar a provar essa doce tentação baptizada com o nome do mosteiro que está ali mesmo ao lado. A receita foi criada de propósito para a abertura da Doce Meu e conta com a assinatura de Pedro Ferrão e Milu Borralho, mestres pasteleiros da multipremiada Flor de Aveiro – os seus Morgado do Bussaco e Bolo-Rei já foram várias vezes distinguidos , e também os mentores do projecto da Doce Meu. “A Flor de Aveiro era procurada por muitos clientes de Coimbra e isso foi-nos despertando o interesse em abrir aqui um espaço. E quando surgiu este sítio idílico, não houve dúvidas em avançar”, conta Gonçalo Santos.

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Adriano Miranda

Da aquisição do espaço até à abertura ao público passou mais tempo do que chegou a estar inicialmente previsto – a pandemia levou a que as obras sofressem algum atraso , mas a gerência, e também os clientes, dão como bem empregado todo este tempo de espera. Conseguiu-se criar um salão de chá amplo e confortável, com janelas rasgadas para a praça e um tecto em madeira trabalhada. “Foi uma bela surpresa, descoberta durante as obras. Este tecto estava tapado com pladur, mas fizemos questão de o recuperar e de o colocar à vista de todos”, realça Gonçalo Santos.

Primazia aos melhores produtos

Seja nas cadeiras de madeira ou no sofá de veludo, o convite passa por deixar-se levar numa viagem muito doce – fica o aviso: vai ser difícil escolher , combinando uma fatia de Morgado do Bussaco ou uma castanha de ovos com um cálice de Porto. Também pode optar por um macaron, com um igualmente francês chá Dammann Frères. Se for realmente doido por doces, não pode passar ao lado do café bombom, que junta leite condensado ao café espresso.

Outra das estrelas da casa são os bolos (vendidos inteiros ou à fatia). No topo das preferências aparece o bolo diplomático, seguido dos cheesecake, red velvet e banofee. O segredo está na selecção da matéria-prima. “Só trabalhamos com os melhores produtos. O mel que usamos no Morgado do Bussaco é do Valle das Corujas, a amêndoa é de Moncorvo e nas nossas receitas só usamos chocolate belga ou suíço”, exemplifica o gerente da Doce Meu.

Adriano Miranda
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Das salas de aulas para o balcão

Gonçalo Santos, 38 anos, e Francisco Coelho, 40 anos, chegam à gerência desta nova confeitaria de Coimbra depois de passarem vários anos a dar formação na área da restauração e hotelaria  o primeiro já colaborava com a Flor de Aveiro, ainda que pontualmente, há 15 anos. Gonçalo e Francisco trocaram as salas de aulas pelo serviço de balcão e, até ao momento, ainda não se arrependeram da decisão. “É um grande desafio estar a abrir uma nova casa. Um desafio que começou na escolha do arquitecto, dos materiais, da decoração”, destacam. E nem os condicionalismos que tiveram que enfrentar por estarem a começar do zero em contexto de pandemia conseguiram demovê-los. “Foi exigente, é um facto, mas a aceitação das pessoas desde que abrimos tem sido tão boa que ajuda a esquecer essa parte”, testemunham.

Abriram portas a 6 de Julho e os clientes não têm parado de chegar. “Há já quem comece a ser cliente frequente, repetindo a visita”, nota Gonçalo, assegurando que, apesar de estar situada numa zona muito frequentada por turistas, o foco da casa passa por conquistar os locais.

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