Sporting recebe FC Porto no primeiro grande duelo de 2021/22

Os últimos dois campeões nacionais defrontam-se na primeira oportunidade, à 5.ª jornada. Benfica recebe “leões” à 13.ª ronda e desloca-se ao Dragão três jornadas mais tarde.

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LUSA/JOSÉ COELHO

Sem equívocos de maior, apesar da persistência do número seis na definição da chave (685587) que determinou o escalonamento competitivo das ligas profissionais para a época 2021/22, o sorteio do calendário, que decorreu ao início da noite desta quinta-feira, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, reservou um Sporting-Vizela para o arranque da I Liga, já que os confrontos mais mediáticos ficaram, mais uma vez, condicionados pelas regras do sorteio, acentuadas pelo facto excepcional de estar a decorrer o Campeonato da Europa e de surgir no horizonte o Mundial 2022, com implicações óbvias. FC Porto actua em casa frente ao Belenenses SAD e o Benfica desloca-se a Moreira de Cónegos.

Logo na primeira oportunidade, a 12 de Setembro, na 5.ª ronda, o Sporting recebe o FC Porto no primeiro clássico da época. O clássico Benfica-Sporting surge a 5 de Dezembro, à 13.ª jornada, cumprindo-se o último duelo de candidatos à 16.ª ronda, com o FC Porto-Benfica.

Tal como na época passada, para além da “quarentena” de jogos entre os “crónicos” candidatos nas primeiras quatro jornadas, ficou estabelecida a alternância de encontros na qualidade de anfitrião entre clubes vizinhos, com as duplas Benfica e Sporting; BoavistaFC Porto; Sp. Braga e V. Guimarães; Moreirense e Vizela; e Famalicão e Gil Vicente a não poderem actuar em “casa” na mesma ronda.

As restrições impostas pelas participações europeias dos clubes qualificados e pré-qualificados para as provas da UEFA, com o objectivo de “protegerem” as equipas que representam o país nas provas internacionais, impedem o cruzamento em partidas consecutivas dos participantes na Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência, pelo que nas 6.ª, 7.ª, 9.ª, 10.ª, 23.ª, 26.ª, 29.ª e 32.ª jornadas da I Liga, não haverá confrontos entre “europeus”. Do mesmo modo, Benfica, Paços de Ferreira e Santa Clara (envolvidos na fase de qualificação) não poderão defrontar-se nas primeiras quatro rondas do campeonato.

Modelo em tudo idêntico ao que procura evitar duelos em jornadas consecutivas com dois dos cinco emblemas que nas três épocas anteriores tenham obtido a melhor média (FC Porto, Benfica, Sporting, Sp. Braga e V. Guimarães).

As deslocações à Madeira e Açores estão devidamente assinaladas, pretendendo-se que uma equipa não faça duas deslocações consecutivas às ilhas.

A cerimónia foi antecedida de uma campanha dirigida aos jovens, com um apelo feito pela máquina do futebol profissional, em colaboração com a Direcção Geral da Saúde, e que será abraçado pelos clubes das duas principais ligas no sentido de mobilizar os mais jovens para a necessidade de quebrar uma eventual resistência à vacinação. O presidente da Liga, Pedro Proença, recordou os constrangimentos da última época, “amputada do acesso de público" e deixou o exemplo do futebol, que iniciará de imediato a vacinação do futebol profissional, com prioridade para os clubes “europeus”, num plano alargado às 34 sociedades desportivas.

Apesar do apelo de Paulo Futre, no que diz respeito ao regresso do público aos estádios, apenas uma resposta vaga, sem calendário ou plano à vista, ainda dependente da evolução da pandemia.

Certamente sem público, já no final de Julho, a Taça da Liga conheceu o programa da primeira fase, com Estoril-Nacional, Portimonense-Académica, Ac. Viseu-Casa Pia, Marítimo-Boavista, Trofense-Sp. Covilhã, Vilafranquense-Arouca, Estrela Amadora-Vizela, Varzim-Rio Ave, Feirense-Famalicão, Tondela-Gil Vicente, V. Guimarães-Leixões, Desp. Chaves-Farense, Mafra-Belenenses SAD e Penafiel-Moreirense. Os “europeus” Santa Clara e Paços de Ferreira entram directamente na segunda fase, a disputar a 1 de Agosto.

Lugar ainda à distinção dos melhores da época passada, com o prémio de melhor jovem a ser atribuído a André Vidigal (Estoril), na II Liga, e a Pedro Gonçalves (Sporting), melhor marcador da I Liga. Seguiram-se outros prémios individuais, como o de goleador da II Liga, conquistado por Cassiano (Vizela). Nas balizas, Dani Figueira (Estoril) foi o guarda-redes do ano, que lembrou Neno antes mesmo da homenagem reservada a um guardião que deixa um profundo vazio no mundo do futebol e passa a dar o nome ao prémio fair-play, entregue a Sp. Covilhã e Moreirense e ainda a Ivo (Vizela) e Luis Díaz (FC Porto).

O troféu de melhor treinador “Vítor Oliveira” coube a Álvaro Pacheco (Vizela), na II Liga, e ao campeão nacional Rúben Amorim (Sporting). Crespo (Estoril) foi eleito melhor jogador da II Liga e Joca (Leixões) arrecadou o melhor golo do segundo escalão, tendo Beto (Portimonense) assinado o golo do ano na Liga. Para o final, a eleição do melhor jogador da I Liga, com o Sporting a fornecer os três candidatos e Coates a vencer Pedro Gonçalves e João Palhinha.

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