Por, por fim, as aulas terminaram para todos os ciclos. Tempo para reflectir, sobretudo no que diz respeito a um dos temas que mais celeumas causa: a avaliação dos professores. Para Alberto Veronesim, professor do 1.º ciclo do ensino básico, o que a priori parecia uma grande vitória para os sindicatos e Nuno Crato “veio na verdade tornar a avaliação num verbo-de-encher estrategicamente conjugado para estrangular a carreira”, “desmotivando quem trabalha e condecorando quem melhor bajula”.

Também para José Augusto Pacheco, docente da Universidade do Minho e membro do Conselho Consultivo da Organização dos Estados Ibero-Americanos, “mais do que dizer que os professores fazem a diferença, será mais justo afirmar que os professores também contam, e que deveriam contar ainda mais, a começar pela valorização social da escola e da profissão de docente. 

Algo que é imperativo que a sociedade comece a valorizar é o stalkerware, um continuum das formas de violência de género, de que quase 54 mil utilizadores da Internet se queixaram em 2020. Em todos os Estados-membros da União Europeia foram comunicados casos, sendo que Portugal sinalizou 127 ocorrências.

Um caso que parece tirar partido de alguma aprendizagem é o de Britney Spears (em cima, foto Reuters), que, ainda assim, permanece envolto numa teia legal: depois de a cantora ter denunciado como se sentia aprisionada na tutela que lhe foi imposta, o fundo de gestão de fortunas entrou na justiça com um pedido para não administrar os bens da cantora; Larry Rudolph, o agente que trabalha com a cantora há 25 anos (mas que, diz, não fala com ela há mais de dois anos e meio), decidiu deixar de trabalhar com a “princesa da pop”, alegando que a artista pretendia reformar-se; e Samuel Ingham, o advogado oficioso de Britney, apresentou um pedido para ser retirado do caso

Numa semana em que se assinalou o Dia Mundial da Alergia, a imunoalergologista Ana Margarida Pereira lembrou que as reacções de hipersensibilidade da pele podem ocorrer em qualquer idade e que é importante chamar a atenção para o que fazer em caso de alergia ao sol.

Com o sol a espreitar, surgem as férias. O problema é quando envolvem miúdos. Por isso, há uma pausa nas Birras de Mãe. É que férias com miúdos exigem muita energia e, depois de duas temporadas, Ana e Isabel Stilwell, filha/mãe e mãe/avó, já se estão a preparar para uma terceira leva de cartas sobre questões comuns a tanta gente. Até lá, dizem, precisam de muita energia “para sobreviver até os miúdos voltarem à escola”.

Por falar em férias de Verão, o que muito se ouve é o assunto das dietas, para as quais Raquel Raimundo, presidente da Delegação Regional do Sul da Ordem dos Psicólogos Portugueses, deixa o alerta: a percepção de excesso de peso, mais do que o peso real, é o principal factor de risco, pois muitos jovens, apesar de terem um peso saudável, sentem-se insatisfeitos com a sua aparência. Por isso, diz a médica, a diferença entre um medicamento e um veneno é a dose.

Já para a marca sustentável de moda infantil Yay e o ateliê Cost, especializado em pequenas produções têxteis, a diferença entre serem como todos os outros e algo inédito é enorme. Por isso, criaram uma nova loja em Lisboa onde se pode ver como é feita a roupa. No piso térreo do espaço, no Príncipe Real, localiza-se a loja com as criações da marca infantil sustentável e, no piso inferior, fica a fábrica onde tudo é produzido e onde se pode saber o que é feito sobre o desperdício têxtil.

De desperdício sabe a iniciativa Recycle to Surf que, a partir de escovas de dentes usadas (entregue em qualquer supermercado Go Natural, em Lisboa e Porto), pretende criar pranchas para surf adaptado

Algo que não é reciclado, mas que prima pelo valor ético, é o ouro usado para criar a Palma de Ouro de Cannes, festival que, por estes dias, reúne a nata do cinema. Esculpida à mão, e numa referência à famosa avenida Boulevard de la Croisette, em Cannes, e ao brasão da cidade francesa, a Palma de Ouro tem um total de 19 folhas em ouro amarelo, que repousam “sobre uma almofada de cristal de rocha”.

Um tesouro nacional é Inês Lopes Gonçalves (em cima, foto de Joana Bourgard/Rádio Renascença), que está de volta à Renascença, para tornar As Três da Manhã em quatro. Numa entrevista ao PÚBLICO, a apresentadora admite que, como aconteceu nos últimos meses no 5 Para a Meia-Noite, “estar à frente não traz conforto nenhum”. Mas, afirma, “com o desconforto vem uma dose de adrenalina que também é boa”.

Por isso, boa semana, com uma boa dose de adrenalina!

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