Tribunal condena homicida de Bruno Candé a 22 anos de prisão e prova motivação racista

O Tribunal de Loures concluiu que Evaristo Marinho matou Bruno Candé motivado por ódio racial. Juíza fala de “execução sumária”. Filhos do actor vão receber 120 mil euros de indemnização. Advogados falam em “decisão histórica”.

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DIOGO VENTURA

O Tribunal de Loures condenou o homicida do actor Bruno Candé a 22 de anos e nove meses de prisão por homicídio e posse ilegal de arma e deu como provado que o fez motivado por ódio racial. A presidente do colectivo de juízes disse não existir “qualquer dúvida” dessa motivação porque embora tenha sido alegado que a discussão foi originada por causa de um cão, todas as expressões utilizadas como “preto de merda, vai para a tua terra” e “a tua mãe devia estar numa senzala” o provam. “Como se isso pudesse ser motivo de vergonha para qualquer pessoa que tivesse estado numa sanzala”, afirmou. “Parece absolutamente linear que há uma manifestação exteriorizada de sentimentos completamente contrários a princípios básicos da nossa comunidade.”

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