“LGBTIQ-free European Union” ou “LGBTIQ-freedom European Union”: escolha a sua

Quero muito que as minhas duas filhas e o meu filho cresçam e vivam numa UE realmente livre para LGBTIQ e não apenas capaz de bonitas declarações simbólicas.

As minhas tentativas de tradução deste título para português saíram todas ridículas. A ideia é mesmo esta. Que União Europeia queremos? Livre de LGBTIQ ou livre para LGBTIQ? Uma preposição que muda tudo. A decisão parece óbvia, mas não é. No dia 11 de março, o Parlamento Europeu adotou uma resolução que declara a União Europeia uma “LGBTIQ freedom zone”, ou seja, um espaço de liberdade para as pessoas LGBTIQ. Só para nos entendermos: L de lésbica, G de gay, B de bissexual, T de transgénero, I de intersexo, e Q de queer ou questionamento. Há versões mais curtas da sigla, incluindo a muito comum LGBT, ou a LGBTI, que suprime o Q. E também há a mais inclusiva LGBTIQ+, com o “mais” a lembrar outras identidades de género e orientações sexuais que não entram nas categorias das restantes letras e são igualmente discriminadas pelas nossas sociedades. Vou usar várias destas siglas, não por um qualquer ímpeto de excluir algum dos grupos em partes do texto, mas mais prosaicamente numa tentativa de ser fiel às fontes que cito.

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