Três Europeus depois, Países Baixos ultrapassam fase de grupos

Demfries voltou a ser decisivo ao conquistar o penálti antes de assinar o 2-0 que levou a equipa à fase das grandes decisões.

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LUSA/Dean Mouhtaropoulous / POOL

A selecção dos Países Baixos venceu esta quinta-feira, por 2-0, a Áustria, garantindo o primeiro lugar do Grupo C e a passagem aos oitavos-de-final.

Um castigo máximo provocado por David Alaba, logo no arranque do jogo de Amesterdão, abriu caminho para o apuramento dos Países Baixos, que pela primeira vez desde 2008, no Europeu organizado por Áustria e Suíça, ultrapassa a fase de grupos. Aliás, tal como há 13 anos, a selecção “laranja” garantiu, antes mesmo do terceiro encontro, o primeiro lugar do grupo, depois da entrada triunfal frente à Ucrânia.

Ainda a afinar as mecânicas e a reerguer-se dos escombros do falhanço na qualificação para o França 2016, onde nem sequer marcou presença, a selecção dos Países Baixos, que mais uma vez beneficiou do factor casa, esteve distante do potencial demonstrado em 2008, quando cilindrou o então campeão mundial Itália (3-0) e o vice França (4-1), batendo a Roménia antes de cair com estrondo frente à Rússia, nos oitavos-de-final.

Agora, com adversários de patamares bem mais acessíveis, a equipa de Frank de Boer volta a marcar presença na fase a eliminar graças a um pisão do central, que trocou dez épocas de Bayern Munique pelo desafio Real Madrid.

O VAR entrou em campo para dar uma preciosa ajuda ao árbitro israelita num lance em que Dumfries voltou a ser decisivo, depois de ter marcado o golo da vitória frente aos ucranianos. O defesa do PSV Eindhoven ganhou um penálti e marcou o 2-0, revelando-se como um dos melhores dos Países Baixos. No lance do penálti, o lateral foi mais rápido do que o defesa e desbloqueou, assim, um jogo em que a Áustria não parecia minimamente disposta a facilitar a tarefa ao adversário, que nesta quinta-feira encontrou pela primeira vez em fases finais de Europeus.

Memphis Depay, que dos 11 metros não deu quaisquer hipóteses a Bachmann esteve depois desastrado em dois momentos cruciais e que poderiam ter colocado um ponto final no encontro ainda antes do intervalo.

O atacante do Lyon, que o ex-seleccionador holandês Ronald Koeman — ontem espectador atento nas bancadas da Johan Cruijff Arena — espera receber como reforço do FC Barcelona, desperdiçou as duas melhores ocasiões de golo da primeira parte, o que manteve a Áustria ligada à máquina, mesmo que não conseguisse muito mais do que ir dividindo as iniciativas, sem criar qualquer situação de perigo, somando dois raros remates não enquadrados com a baliza.

Apesar da relativa insegurança oferecida pelo resultado tangencial, a segunda parte não proporcionava mudanças radicais, com a Áustria à espera de poder aproveitar uma desconcentração e os Países Baixos a jogarem pelo seguro e a atacarem pela certa.

E foi assim que Demfries voltou a surgir em cena para assinar o segundo golo, aproveitando nova decisão infeliz de David Alaba. O central tentou colocar o recém-entrado Donyell Malen em fora-de-jogo, mas falhou o timing e permitiu o ataque com a Áustria toda no meio-campo contrário e exposta à velocidade de Demfries, que acompanhou Malen para concluir a jogada.

À Áustria competia agora arriscar tudo para evitar o único desfecho que não interessava à equipa de Marco Foda. Depois de um aviso em que a bola roçou o poste da selecção local, David Alaba ainda tentou compensar os dois erros com um remate que esteve muito perto de concorrer para golo da noite. Mas o resultado estava feito e o vencedor encontrado, com os Países Baixos a controlarem sem grandes sobressaltos até final.

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