Covid-19: Sesimbra não avança para nova fase de desconfinamento

A autarquia está a trabalhar para conseguir reforçar o efectivo de segurança no concelho, segundo o autarca, que indicou que, na segunda-feira, haverá uma reunião para articular as medidas necessárias, nomeadamente de informação aos comerciantes e população.

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rita rodrigues/ Arquivo

O concelho de Sesimbra não vai avançar para uma nova fase de desconfinamento, ao contrário do que estava previsto, devido ao aumento local de casos de covid-19, disse este sábado à agência Lusa o presidente da autarquia, Francisco Jesus.

“Não vai avançar. Recebemos há pouco essa informação do Governo”, afirmou o presidente do município, adiantando que haverá um despacho conjunto nesse sentido. “Aquilo que pedimos ao Governo foi validado hoje [sábado]. Trata-se um pouco de subverter o que está no despacho do Conselho de Ministros, mas entendemos que é necessário”, referiu.

A autarquia está também a trabalhar para conseguir reforçar o efectivo de segurança no concelho, segundo o autarca, que indicou que, na segunda-feira, haverá uma reunião para articular as medidas necessárias, nomeadamente de informação aos comerciantes e população.

Em informação publicada no site, a autarquia anunciou estar a articular com o Governo a manutenção do actual nível de desconfinamento.

“Com o número de casos que existe actualmente, e com uma previsão de subida nos próximos dias, na próxima avaliação, o concelho poderá apresentar valores mais elevados, o que obrigará a regredir dois degraus no desconfinamento”, lê-se na justificação.

O “travão” agora decidido abrange essencialmente os horários dos estabelecimentos comerciais.

“Trata-se de uma medida essencial para conter o súbito aumento do número de casos que afecta o município, evitar um possível retrocesso no desconfinamento e tentar que este cenário, que se espera que seja conjuntural, possa rapidamente ser invertido”, de acordo com a informação publicada.

A autarquia apelou à compreensão dos que possam ser lesados pela medida, lembrando que perante o contexto que se vive as medidas que tendam a reduzir a propagação da pandemia são, “por vezes difíceis e inadiáveis”.

Portugal tem 22 concelhos com incidência do coronavírus SARS-CoV-2 superior a 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, mais dois do que na última sexta-feira.

Segundo os dados divulgados na sexta-feira no boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde, tal como no boletim anterior não existem concelhos em risco muito elevado, ou seja, com incidência a 14 dias superior a 960 casos por 100 mil habitantes.

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