Festival Iminente leva a criação artística a vários bairros onde a arte é prática distante

A partir deste mês, o festival dinamizará workshops, em estreita colaboração com as populações locais, na Quinta do Lavrado, a Alta de Lisboa, o Bairro do Rego e a Quinta do Loureiro. A edição 2021, em Setembro, pretende alargar-se da música e artes urbanas à dança, artes performativas, arquitectura, design, moda, cinema, récita e gastronomia.

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Realizado inicialmente em Oeiras, o festival mudou-se em 2018 para o Panorâmico do Monsanto, em Lisboa Pedro Fazeres

Ainda não conhecemos o cartaz, que só será revelado mais à frente, mas já podemos antecipar aquilo que, de 23 a 26 de Setembro, nos trará o Iminente, o festival que, em Lisboa, programa, divulga e estimula a cultura urbana, com foco na música e nas artes visuais. Seis anos depois do seu início, o Iminente deseja alargar a sua acção a outras expressões e aprofundar a sua ligação às comunidades, não só levando as artes aos bairros da cidade, mas levando as suas populações a tornarem-se também participantes activas, numa lógica transformadora.

De que falamos então? De 16 artistas e criadores, de áreas diversas (artes plásticas, música, arquitectura, design, performance ou cinema), que dinamizarão workshops em bairros lisboetas onde as artes, quer a sua fruição, quer a sua prática, são uma realidade pouco presente, abordando temos caros às localidades em questão e promovendo uma ligação estreita com a população local. Os bairros envolvidos serão a Quinta do Lavrado, a Alta de Lisboa, o Bairro do Rego e a Quinta do Loureiro e entre as estruturas, artistas e criadores convidados encontramos El Warcha - Atelier Social e Comunitário, o Furo - Atelier Arquitectura, o colectivo E-DA / Ensaios & Diálogos Associação, ou o Colectivo Warehouse, na área da arquitectura; Herberto Smith, Bruno Mantraste ou Confeere nas artes visuais, Pedro Pinho e Luísa Homem no cinema; ou Tristany na música. Os workshops decorrerão entre Junho e Setembro e a “iniciativa vai culminar com a criação de um Manual Open Source gratuitamente acessível a todos”, bem como no desenvolvimento de uma intervenção que será integrada na própria programação do Iminente, lemos no comunicado enviado à imprensa esta quarta-feira.

O Festival Iminente realizou-se pela primeira vez em Oeiras, em 2016, transferindo-se em 2018 para o Panorâmico de Monsanto, em Lisboa. Depois de uma edição atípica em 2020, dada a situação pandémica — dividiu-se entre a iniciativa online Iminente Emergency e a Oficina Iminente no supracitado Panorâmico de Monsanto —, o festival pretende em 2021 aprofundar o seu objectivo de “aproximação das comunidades da cidade e a produção artística contemporânea”, alargando o seu âmbito de acção a “uma maior diversidade de áreas artísticas”, mantendo o foco na música e na arte urbana, mas oferecendo “maior visibilidade a projectos e autores das áreas da dança, artes performativas, arquitectura, design, moda, cinema, récita e gastronomia”.

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