Auto-agendamento online para maiores de 50 anos começa esta quinta-feira

Vice-almirante Gouveia e Melo garante que o aceleramento do processo de vacinação ocorrerá ao mesmo ritmo em todo o país.

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Nelson Garrido

Henrique Gouveia e Melo disse, em entrevista à TVI24 na noite desta quarta-feira, que as pessoas com 50 ou mais anos já estão a ser vacinadas através do agendamento local, ou seja, contactadas pelas autoridades de saúde. O responsável da task force avançou ainda que o auto-agendamento online para aquela faixa etária deverá ficar disponível na tarde desta quinta-feira.

O vice-almirante garantiu que a vacinação será acelerada em todo o país, uma vez que há mais doses que irão chegar a Portugal. Na terça-feira, António Lacerda Sales, secretário de Estado adjunto e da Saúde, tinha dito que a vacinação seria acelerada na região de Lisboa. Pouco depois, o coordenador da task force garantiu que o ritmo será igual para todo o país. ​ Gouveia e Melo disse ainda que se está a chegar a um ponto em que o país tem disponíveis cerca de 100 mil vacinas para administrar por dia. De momento, Portugal está a administrar, em média, 80 mil vacinas por dia

Quanto às diferenças regionais na vacinação, Gouveia e Melo justificou que se devem principalmente às assimetrias etárias. Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Norte são as regiões que estavam mais atrasadas nesse processo, disse. Até ao momento, a vacinação estava a decorrer “por faixas etárias” para cobrir a dos 60 anos, cada região tem uma estrutura diferente. 

Em Junho, tal como noticiou o PÚBLICO, o que está previsto é ir administrando as vacinas às pessoas com mais de 40 anos, ao mesmo tempo que se vacinam as de 50 anos, avançando, depois, para as pessoas com 30 anos. Deste modo, é possível que diferentes grupos etários sejam inoculados ao mesmo tempo. 

Imunidade de grupo é um “passo importante do processo”, mas “não é o fim"

Sobre a imunidade de grupo o responsável disse ser um “passo importante do processo”, mas “não é o fim”. “Não sei se depois disso não teremos de manter um ritmo elevado para conseguir atingir outros objectivos”, referiu Henrique Gouveia e Melo.

O vice-almirante mostrou-se, contudo, confiante de que a imunidade de grupo será atingida na altura prevista, em Agosto, se tudo correr bem com a entrega das vacinas nos prazos acordados com as farmacêuticas

“Podemos ter de ceder vacinas a outros países”, diz Gouveia e Melo

Questionado sobre as revisões ao processo de vacinação que têm sido introduzidas, Henrique Gouveia e Melo garantiu: “Não corremos o risco [de] estragar vacinas e deitar fora.” E acrescentou: “Podemos ter de ceder vacinas a outros países [por exemplo, no âmbito do programa Covax ou aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)]. 

“Haverá outros povos, outras populações que podem beneficiar dessas vacinas”, sustentou. “Corremos o risco é de que essas vacinas não contribuam para o plano nacional [devido à limitação de idade de vacinação de determinado grupo etário.] “Uma vez vacinada essa faixa etária, todas as vacinas que chegarem após esse período já não são úteis para essa faixa etária”, sublinhou o coordenador da task force

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