Cerca de 20 detidos em operação da PJ de combate ao crime violento na grande Lisboa

Em causa na investigação estão diversos casos de roubos com violência e agressões. Segundo a Polícia Judiciária, os detidos faziam parte de um grupo criminoso que se auto-intitulava de gangue “AKJ” e que actuava essencialmente nos concelhos de Cascais e de Sintra.

Foto
fau fabio augusto

A Polícia Judiciária, através da Directoria de Lisboa e Vale do Tejo e em inquérito tutelado pelo Ministério Público de Cascais, identificou e deteve vinte indivíduos, com idades compreendidas entre os 17 e os 22 anos, por fortes indícios da prática de crimes de roubo, sequestro, furto qualificado, burla informática e detenção de arma proibida, entre outros.

Segundo o comunicado da PJ, os detidos faziam parte de um grupo criminoso, agora desmantelado, que se auto-intitulava de gangue “AKJ e que actuava essencialmente nos concelhos de Cascais e de Sintra, onde a maioria residia.

Este grupo dedicava-se a vários tipos de crimes violentos contra a propriedade, tais como roubos, parte deles com arma de fogo ou arma branca, normalmente praticados na via pública, apropriando-se dos bens das pessoas e jovens que assaltavam em conjunto, nomeadamente, dinheiro, telemóveis e outros valores, refere a PJ.

De acordo com o comunicado da PJ, a investigação iniciou-se em 2019, na sequência de informações que davam conta da actividade crescente do grupo naquela região, a qual se encontrava a preocupar bastante as populações e a comunidade escolar, sendo que os autores divulgavam vídeos das suas acções nas plataformas do ciberespaço e nas redes sociais, vangloriando-se dos crimes que cometiam e ameaçando as vítimas, caso os denunciassem. De igual modo, desafiavam, também, os grupos rivais para encontros destinados a lutar pelo controlo de “territórios”.

Além das detenções, foram efectuadas vinte e três buscas domiciliárias nas residências utilizadas pelos suspeitos, familiares e amigos, onde se procedeu à recuperação de alguns bens e valores provenientes dos furtos e roubos, bem como à apreensão de armas e outros instrumentos utilizados para coagir ou agredir as vítimas.

A Polícia Judiciária envolveu cerca de 180 elementos nesta operação, contando com a participação de diversas unidades sediadas em Lisboa e Setúbal. Os detidos, todos sem ocupação profissional, vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Com esta acção, a Polícia Judiciária considera ter desarticulado uma importante actividade delituosa grupal, particularmente danosa e progressivamente inquietante, sobretudo para os residentes daquelas zonas.

Sugerir correcção
Comentar