Campanha contra uso do telemóvel ao volante arranca na terça-feira

Vários estudos científicos equiparam o uso indevido do telemóvel à condução sob o efeito do álcool, com consequências muito parecidas na atenção e na capacidade de reacção.

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Alexandre Boucher

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a GNR e a PSP lançam esta terça-feira uma campanha que até final do mês vai alertar os condutores para as consequências, por vezes fatais, do uso do telemóvel durante a condução.

A campanha Ao volante, o telemóvel pode esperar integrará acções de sensibilização da ANSR e também operações de fiscalização da GNR e da PSP, com especial incidência nas vias com elevado fluxo rodoviário, por forma a contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de acidentes e para a adopção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores.

Na última campanha sobre este tema, que decorreu entre 23 de Fevereiro e 1 de Março, as forças de segurança fiscalizaram 73.544 veículos e registaram 1164 infracções, o que correspondeu a uma taxa de infracção de 1,58%, numa média de 166 por dia. As acções de sensibilização terão lugar em Lisboa (dia 25), no Porto (26), em Viana do Castelo (27), em Braga (28) e em Setúbal (31).

Vários estudos científicos “equiparam o uso indevido do telemóvel à condução sob o efeito do álcool, com consequências muito parecidas na atenção e na capacidade de reacção”, refere uma nota informativa das três entidades que participam na campanha. Desde 8 de Janeiro que as coimas relativas a esta infracção duplicaram, tendo os limites passado para entre 250 e 1250 euros, com subtracção de três pontos na carta, em vez dos dois anteriormente previstos.

A ANSR, a GNR e a PSP insistem em que o uso do telemóvel ao volante é perigoso, sublinhando que “aumenta quatro vezes o risco de ocorrência de acidente de viação”. Lembram igualmente que o uso de aparelhos electrónicos durante a condução “causa dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito das regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões”.

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