A alimentação industrializada está a reduzir as espécies que comemos

No Dia Internacional da Biodiversidade, que se assinala este sábado, 22 de Maio, iniciamos uma série dedicada à diversidade biológica e nós. Este primeiro artigo centra-se na importância que a biodiversidade tem na nossa alimentação. Será que estamos a evoluir para uma nova espécie de Homo com a comida industrializada?

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Adriano Miranda

A espécie humana possui uma característica comportamental única; guarda objectos. Todos nós, logo desde a infância, gostamos de guardar e preservar as nossas coisas. É só tentarmos tirar um brinquedo a uma criança, que ela reage imediatamente. Mesmo em épocas pré-históricas, o homem já tinha preocupações com o património material quando, por exemplo, guardava os objectos lascados de sílex. Além disso, a espécie humana, por ser inteligente, foi desenvolvendo qualidades e, a partir de certa altura, quando possuía já algum discernimento, iniciou actividades culturais. As figuras rupestres não são mais do que manifestações culturais do homem pré-histórico. Mas a preocupação com o património cultural não nasce connosco. Assim, só nos últimos cinco a seis séculos nos estamos a preocupar com a preservação deste valioso património. Porém, apenas desde o século XX, particularmente nas últimas dezenas de anos, é que começamos a preocuparmo-nos com a preservação do património biológico, o único relevante para a sobrevivência da espécie humana. Sem bens materiais pode-se sobreviver, mas sem as outras espécies, isso não é possível.

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