Jorge Silva Melo e Luis Miguel Cintra: a revolução no teatro português

No dia 18, a Faculdade de Letras de Lisboa fará destes dois criadores cruciais do teatro português doutores honoris causa. Viagem a um início comum, pela vozes de quem assistiu e participou na revolução que operaram nos palcos do país.

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Nuno Ferreira Santos e Daniel Rocha

No mesmo ano em que as eleições pareciam indicar o início de uma eternização de Marcelo Caetano no poder, o Grupo de Teatro da Faculdade de Letras fazia tremer a terra em que assentava o teatro português da época e “apareceu então como um sinal de esperança que, até hoje, não foi desmentida”, escrevia 30 anos mais tarde Manuel João Gomes no PÚBLICO. Em 1969, antes ainda de Jorge Silva Melo e Luis Miguel Cintra partirem para Londres, para estudarem cinema e teatro, haveriam de levar à cena no Teatro Vasco Santana O Anfitrião, de António José da Silva, “que o público devorou com os olhos e os ouvidos”, acrescentava ainda o crítico. Foi um espectáculo que deixou impressões tão intensas que, passados poucos anos, após o regresso de ambos e a criação, em 1973, do Teatro da Cornucópia teriam consigo gente como Filipe La Féria ou Lia Gama, deleitados com a possibilidade de os acompanhar naquele abanão ao teatro que por cá se fazia.

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