FC Porto suspendeu festa do Sporting em vinte minutos

Com três golos marcados muito cedo, os “dragões” resolveram cedo o duelo com o Farense e continuam a ter hipóteses matemáticas de conquistar o bicampeonato.

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LUSA/ESTELA SILVA

A Polícia de Segurança Pública reconheceu que estaria de “prevenção” e Rúben Amorim, já com o fato de candidato ao título vestido, admitiu que se recebesse boas notícias do Porto, não iria “mandar para a cama” nenhum dos seus jogadores. No entanto, bastaram os primeiros vinte minutos no Dragão para as forças de segurança começarem a desmobilizar em Lisboa e o Sporting colocar em suspenso qualquer tipo de festejo. Com três golos de rajada, o FC Porto rapidamente desenvencilhou-se de um desastrado Farense e, com uma goleada (5-1) passou a responsabilidade para o lado do rival lisboeta.

Quatro dias depois do empate na Luz, resultado que deixou a reconquista do título quase impossível, mas que reforçou as possibilidades de o FC Porto preparar a próxima época com a conforto da certeza da entrada dos milhões da Liga dos Campeões, os “dragões” receberam os algarvios sem um dos seus “pilares” (Sérgio Oliveira cumpriu castigo) e, no ataque, quem surgiu ao lado de Taremi foi Toni Martínez, num sinal que Marega, de malas para a Arábia Saudita, vai passar a ser uma segunda opção.

Porém, quaisquer que fossem as opções tácticas dos portistas, o antepenúltimo jogo nesta época de FC Porto e Farense ficou claramente condicionado por uma entrada em jogo dos algarvios completamente falhada.

Em posição de despromoção – a equipa de Jorge Costa pode partir para as duas últimas rondas a cinco pontos do “play-off” -, o Farense já tinha o seu capitão (Scheid) com amarelo antes de se cumprir o primeiro minuto e, quase de seguida, Licá tocou de forma displicente na bola com o braço na área. Com Oliveira de fora, Taremi assumiu a responsabilidade e colocou o FC Porto a vencer – na sequência do penálti, Tavares e Lucca também viram amarelos.

O nervosismo farense reflectia-se na prestação da equipa e, sem precisar de muita mestria, o FC Porto acabou com qualquer esperança sportinguista em festejar a conquista do título sem vencer o seu jogo frente ao Boavista: aos 14’, Taremi ofereceu a Martínez a oportunidade de marcar o segundo e somar mais créditos junto dos adeptos portistas; aos 20’, foi a vez de Diaz ser assistido pelo iraniano e colocar o resultado em 3-0.

Se fossem precisos mais argumentos para dissipar dúvidas sobre quem seria o vencedor no Dragão, Bilel deu uma ajuda: aos 29’, o marroquino teve uma entrada dura sobre Manafá e foi bem expulso.

A partir daí, o jogo entrou num marasmo, com o FC Porto menos intenso a atacar e mais desconcentrado a defender: mesmo com menos um, o Farense festejou um golo em cima do intervalo, mas Pedro Henrique estava fora de jogo.

Com três golos de desvantagem e uma “final” no próximo sábado contra o Tondela, Jorge Costa não teve pudor em assumir que o jogo no Dragão estava perdido e retirou ao intervalo quatro dos seus jogadores mais influentes: Gauld, Henrique, Lucca e Tavares – do lado do FC Porto, Mbemba, com problemas no joelho, foi substituído por Diogo Leite.

Assim, com os algarvios rendidos, os últimos 45 minutos foram um mero formalismo, mas Taremi, aos 59’, não perdeu a oportunidade de bisar e aproximar-se de Seferovic e Pedro Gonçalves na lista de melhores marcadores - o iraniano foi substituído quatro minutos depois e não escondeu a frustração.

Já sem Taremi em campo para ter influência nos golos, foi Marchesín que assumiu o protagonismo. Após uma excelente assistência do guarda-redes, João Mário marcou pela segunda vez no campeonato e parecia que ia fechar a goleada nos 5-0, mas um erro de Diogo Leite ainda deu a Licá a oportunidade de festejar um golo contra a sua antiga equipa.

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