Covid-19. “Disparidade chocante” no acesso a vacinas impede fim da pandemia

O director-geral da OMS apelou ao fim da “diplomacia da vacina”, em nome da “cooperação” e “solidariedade” na distribuição de vacinas, numa videoconferência de imprensa.

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Tedros Adhanom Ghebreyesus, director-geral da Organização Mundial da Saúde LUSA/MARTIAL TREZZINI

O director-geral da Organização Mundial da Saúde [OMS] afirmou esta segunda-feira que a “disparidade chocante” no acesso às vacinas “continua a ser um dos maiores riscos” para o fim da pandemia da covid-19.

Tedros Adhanom Ghebreyesus falava na habitual videoconferência de imprensa sobre a evolução da pandemia da covid-19, transmitida da sede da organização, em Genebra, na Suíça.

O dirigente da OMS, que tem criticado frequentemente a falta de equidade na distribuição e administração de vacinas contra a covid-19, disse esta segunda-feira que “a disparidade chocante no acesso às vacinas continua a ser um dos maiores riscos para o fim da pandemia”.

Segundo o médico etíope, é “a cooperação e a solidariedade” entre países, e não a “diplomacia da vacina”, que “pode ajudar ao fim da pandemia”.

“A falta de cooperação é que está a atrasar o combate à pandemia”, enfatizou, assinalando que não se pode vencer “um inimigo comum”, o coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, mediante “a competitividade”.

O director-geral da OMS voltou a lembrar que os países mais ricos receberam 83% do total de vacinas disponíveis e os mais pobres apenas os restantes 17%.

“Lidar com esta desigualdade é uma parte essencial da solução”, sustentou Tedros Adhanom Ghebreyesus, apelando aos líderes mundiais para que “utilizem todas as ferramentas à disposição para reduzir a transmissão” do vírus e a disseminação de variantes, incluindo a aplicação consistente de medidas de saúde pública.

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