“Não há democracia sem direitos das mulheres. A sua luta não é identitária, é uma luta da democracia”

A nomeação de Rita Rato para dirigir o Museu do Aljube - Resistência e Liberdade gerou polémica, com o meio historiográfico e museológico a apontar-lhe a falta de currículo. Mas a ex-deputada comunista convenceu o júri com o seu projecto de abrir o museu a causas contemporâneas, da igualdade de género ao anti-racismo. E é isso que está a fazer. Esta semana inaugurou a exposição Mulheres e Resistência - Novas Cartas Portuguesas e Outras Lutas.

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Rita Rato, directora do Museu do Aljube - Resistência e Liberdade NUNO FERREIRA SANTOS
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Nuno Ferreira Santos
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A exposição Mulheres e Resistência – Novas Cartas Portuguesas e Outras Lutas, inaugurada esta quinta-feira no Museu do Aljube com curadoria da própria Rita Rato e de Joana Alves, é um bom exemplo do desejo da actual directora de abrir a programação do edifício da Rua Augusto Rosa, em Lisboa, que funcionou até 1965 como cadeia privativa da polícia política da ditadura, às causas que mobilizam as novas gerações: da igualdade de género à defesa do ambiente e ao combate ao racismo e a todas as formas de discriminação. E não simpatiza com o rótulo de lutas identitárias, porque todas elas, argumenta, são “lutas da democracia”, que devem dizer respeito a todos. Garante que ficou mais surpreendida com a sua nomeação do que com a áspera polémica que esta gerou e está agora concentrada em cumprir o seu projecto de trazer ao museu públicos que à partida não o visitariam. Quer “um museu de todas as resistências”. Muito atacada por ter evitado tomar posição sobre o sistema dos Gulag numa entrevista de 2009, assume agora que “a construção do socialismo na União Soviética conheceu graves erros e deformações, particularmente ao nível das liberdades políticas”. 

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