Aos 50 anos, a Peneda-Gerês ainda busca o equilíbrio entre Homem e Natureza

A história das primeiras cinco décadas do nosso único parque nacional foi feita de sobressaltos e de perda de autonomia administrativa e financeira, que o deixaram ao sabor da vontade e disponibilidade dos Governos e incapaz de garantir, muitas vezes, a continuidade dos projectos de conservação da natureza. Situação melhorou nos últimos anos, mas alguns antigos directores criticam o actual modelo de gestão.

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Adriano Miranda

Meio século é nada para um carvalho numa mata pristina, mas para a conservação da natureza em Portugal representa já um longo caminho, quantas vezes pedregoso, acidentado, percorrido desde a criação do primeiro e único Parque Nacional, o da Peneda-Gerês (PNPG). Instituída a 8 de Maio de 1971, a mais importante área protegida do país conta uma história de persistência do seu fundador, pontuada de múltiplos conflitos com as gentes da serra e com um emergente poder autárquico que sentia o parque como um poder estranho aos seus desígnios. Criado com a missão de procurar um justo equilíbrio entre a preservação do ambiente e o desenvolvimento sustentável, o PNPG raramente teve os recursos exigíveis para cumprir, em pleno, a sua missão.

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