A Mata do Ramiscal é de cortar o fôlego. Mas devíamos estar a ver algo diferente

Quando o Parque Nacional da Peneda-Gerês celebra o seu 50.º aniversário fomos espreitar uma das suas áreas menos visitadas e também das mais frágeis. A Mata do Ramiscal é uma das áreas de protecção total do parque e está a ser alvo de acções de restauro e gestão de combustíveis. Demasiado devagar, ou à velocidade possível.

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Adriano Miranda

Um vale profundo, com as imponentes escarpas graníticas do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) a juntarem-se, bem lá em baixo, no local por onde o rio Ramiscal traça o seu percurso, serpenteando entre árvores centenárias. Território do lobo e, em tempos, pouso favorito da águia-real, a Mata do Ramiscal tem sido descrita como um tesouro da biodiversidade, mas também como um dos locais mais frágeis do único parque nacional do país, e guarda as cicatrizes de incêndios recentes que consumiram preciosos carvalhos e azevinhos. Vista de um ponto de acesso privilegiado, é de cortar o fôlego. Mesmo que nos digam que, se tudo estivesse bem, devíamos estar a ver algo bem diferente.

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