Gaivotas em terra? Podes contá-las no primeiro censo das aves que se instalaram nas cidades

As opções do formulário online da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves variam entre a observação de gaivotas sozinhas ou em pares num habitat de nidificação, a fazer chamamentos territoriais ou defender o território, e a incubar ovos ou crias.

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Paulo Pimenta

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) desafia os portugueses a registar as gaivotas, ninhos e crias que virem nas cidades a partir de Maio, naquela que é a primeira contagem nacional de gaivotas urbanas.

Em comunicado, a SPEA refere que as informações recolhidas irão contribuir para o censo nacional da gaivota-de-patas-amarelas, cujo principal objectivo é estimar o número de casais reprodutores e a distribuição das áreas de reprodução.

“Todas as observações são importantes, e vão ajudar-nos a aferir o estado actual desta espécie que, ao longo das últimas décadas, tem vindo a alargar a sua área de nidificação, sobretudo para zonas urbanas”, explica em comunicado o técnico de conservação marinha na SPEA e coordenador da iniciativa, Nuno Oliveira.

A iniciativa começa no sábado e estende-se até 31 de Julho, mas a associação esclarece que “poderá ser mais fácil confirmar a nidificação nos meses de Junho ou Julho, quando se já se vêem gaivotas juvenis”.

Para participar basta procurar indícios de gaivotas-de-patas-amarelas a nidificar em zonas urbanas e preencher o formulário online, escolhendo a opção que se aplique.

As opções variam entre a observação de gaivotas sozinhas ou em pares num habitat de nidificação, a fazer chamamentos territoriais ou defender o território, e a incubar  ovos ou crias. Caso não se detecte nenhum indício de que haja gaivotas a reproduzir-se na zona, também se deve fazer o registo, sendo esta também uma das opções contempladas no formulário disponível no site da SPEA.

O censo é uma iniciativa conjunta entre a SPEA, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN, Região Autónoma da Madeira) e a Direcção Regional dos Assuntos do Mar (DRAM, Região Autónoma dos Açores). Esta contagem de gaivotas urbanas decorre no âmbito do projetco “Ciência Cidadã - envolver voluntários na monitorização das populações de aves”, financiado pelo Programa Cidadãos Activos/Active Citizens Fund (EEAGrants), um fundo gerido em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian em consórcio com a Fundação Bissaya Barreto.

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