Cinemas devem ter apoio superior a 40% das rendas até final do ano

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) traçou um plano de retoma para o retalho onde propõe esta medida para ajudar a salvar um sector em crise. O ano de 2020 foi o pior de sempre para a exibição de cinema em Portugal.

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O ano de 2020 foi o pior de sempre para a exibição de cinema em Portugal. DR

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) traçou um plano de retoma para o retalho onde propõe um apoio superior a 40% nas rendas dos equipamentos de lazer e culturais, como os cinemas, até final do ano.

A medida faz parte do plano que a APCC está a debater com outras associações do sector e que espera apresentar ao Governo e partidos políticos, documento a que a Lusa teve acesso.

A APCC sublinha que “a cultura é um dos sectores mais afectados pela crise” com os cinemas a registarem perdas de 91% de Março de 2020 a Março de 2021, pelo que propõe “um apoio superior a 40% na renda até ao final do ano com a possibilidade destes apoios serem convertidos em benefícios fiscais”. Ainda não se conhecem, contudo, dados concretos sobre salas em risco ou em certeza de fechar. Existiam ao todo, no final de 2019, 185 espaços de cinema que perfaziam 580 salas em Portugal. Recorde-se que o ano de 2020 foi o pior de sempre para a exibição de cinema em Portugal.

Fonte da APCC refere ao PÚBLICO que cabe a cada um dos seus associados estipular o valor e para estar de acordo com as necessidades dos cinemas. Caberá a “cada um dos associados estabelecer o valor caso a caso”, mas o “mínimo recomendado será 40%”.

No documento, a associação refere que os centros comerciais têm 320 salas de cinema, fora de Lisboa e Porto que, “na maior parte dos casos, são as únicas salas de cinema nos respectivos concelhos”. A mesma fonte da APCC que falou com o PÚBLICO sublinha que tais salas são importantes “não só nos centros comerciais como para a vida cultural de muitos sítios”.

O apoio deverá abranger também outros equipamentos de lazer que foram “especialmente” afectados pela crise causada pela pandemia de covid-19, defende a APCC.

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