Covid-19: número de infecções com novo máximo na semana passada, alerta OMS

Na conferência de imprensa de esta segunda-feira, Tedros Adhanom Ghebreyesus e outros responsáveis da OMS, referiram que as infecções e hospitalizações de pessoas com idades entre 25 e 59 anos está a “aumentar a um ritmo alarmante”.

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O secretário-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus Reuters/Handout .

O secretário-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, voltou esta segunda-feira a alertar para o aumento de casos de covid-19 no mundo, 5,2 milhões só na semana passada, um novo máximo.

Na conferência de imprensa ‘online’ que faz regularmente sobre a pandemia de covid-19 o responsável, como tinha feito na semana passada, falou do aumento de casos explicando que o número de mortos aumentou pela quinta semana consecutiva e que há agora mais de três milhões de mortes notificadas.

“Foram precisos nove meses para atingir um milhão de mortes, quatro meses para dois milhões e três meses para atingir três milhões”, disse.

Os grandes números podem deixar as pessoas insensíveis, mas cada uma dessas mortes “é uma tragédia para famílias, comunidades e nações”, salientou.

Na conferência de imprensa de esta segunda-feira, Tedros Adhanom Ghebreyesus, mas também outros responsáveis da OMS, referiram que as infecções e hospitalizações de pessoas com idades entre 25 e 59 anos está a “aumentar a um ritmo alarmante”, possivelmente devido a variantes do vírus mais transmissíveis e a uma maior mistura social entre adultos mais jovens.

“Temos os instrumentos para controlar esta pandemia numa questão de meses, se os aplicarmos de forma consistente e equitativa”, advertiu.

E na semana em que se assinala o Dia da Terra, na quinta-feira, o secretário-geral acrescentou que a pandemia irá regredir, mas que depois disso permanecem outros desafios, incluindo o desafio da crise climática.

E se a covid-19 já matou três milhões de pessoas a poluição atmosférica mata anualmente mais do dobro, sete milhões, frisou.

É certo, lembrou, que no ano passado a qualidade do ar melhorou devido às restrições nas economias impostas pela covid-19, mas em Setembro “a poluição atmosférica tinha regressado aos níveis pré-pandémicos”, e a nível mundial as emissões de dióxido de carbono diminuíram menos de 6% no ano passado.

“O argumento de saúde para a acção climática é absolutamente claro. As mesmas escolhas insustentáveis que estão a matar o nosso planeta estão a matar pessoas”, afirmou o director geral, alertando que “não há uma vacina” para as alterações climáticas.

Na conferência de imprensa de esta segunda-feira Tedros Adhanom Ghebreyesus falou do clima, mas também dos jovens e da forma como têm sido afectados pela pandemia (perturbações na educação por exemplo) para referir uma parceria da OMS com seis grandes organizações juvenis para formar a “Mobilização Global da Juventude”.

 A iniciativa destina-se a capacitar jovens para responderem aos desafios criados pela pandemia, e a partir de desta segunda-feira jovens de todo o mundo podem candidatar-se a subvenções entre 500 e 5000 dólares para projectos locais de resposta a esses desafios.

O início da “Mobilização Global da Juventude” é marcado com uma cimeira ‘online’ que decorre de sexta-feira a domingo (23 a 25 de Abril), para, com decisores políticos, se discutir problemas que os jovens enfrentam em todo o mundo.

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