Isabel Melo e Ana Alcoforado são as novas provedoras da Direcção-Geral do Património Cultural

As especialistas em património assumirão funções nas recém-criadas provedorias do Serviço Cultural e Educativo e para a Inclusão e Cidadania.

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Caberá às novas provedoras promover a disseminação de boas práticas e de projectos de cariz educativo e social nos equipamentos tutelados pela Direcção-Geral do Património Cultural PAULO PIMENTA

As especialistas em património Isabel Melo e Ana Alcoforado vão liderar, respectivamente, as recém-criadas provedorias do Serviço Cultural e Educativo e para a Inclusão e Cidadania da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), revelou esta terça-feira este organismo.

As duas provedoras, técnicas superiores da DGPC, vão desenvolver uma actividade “transversal a todos os serviços e equipamentos culturais sob tutela daquele organismo, numa lógica de integração e criação de sinergias”, diz o comunicado. “Competir-lhes-á promover a disseminação de boas práticas e de projectos de cariz educativo e social, bem como propor a adopção de medidas que contribuam para a melhoria do funcionamento dos museus, monumentos e palácios” tutelados pela DGPC. A missão das provedoras inclui ainda o contacto com os públicos, designadamente a recepção e a análise de sugestões e de reclamações.

Isabel Melo, especialista em arte mobiliária, iniciou funções no Palácio Nacional de Queluz em 1986. Fez parte do antigo Instituto Português de Museus (IPM) e, em 1997, transitou para o antigo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). Foi directora do Panteão Nacional entre 2007 e 2021. Ana Alcoforado, licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, ingressou em 1988 no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, tendo posteriormente assumido a sua direcção, entre 2008 e 2021.

Sobre a Provedoria do Serviço Cultural e Educativo, a DGPC refere que os Serviços Culturais e Educativos existentes em cada um dos equipamentos da sua tutela “desenvolvem as suas actividades de modo a incentivar a articulação entre a educação e a cultura”. Contudo, é referido, “a cooperação entre os diversos serviços torna-se cada vez mais premente e necessária, uma vez que permite optimizar recursos e reforçar o impacto junto dos públicos. Neste sentido actuará a Provedoria do Serviço Cultural e Educativo, promovendo uma programação diversificada, mas simultaneamente integrada”, precisa este organismo do Ministério da Cultura.

Quanto à Provedoria para a Inclusão e Cidadania, a DGPC espera que venha a “contribuir para alcançar objectivos estratégicos neste domínio, e que passam por erradicar as desigualdades no acesso e na fruição dos museus, monumentos e palácios, mediante práticas de inclusão social, protecção de minorias e equidade”.

“Serão fomentadas actividades que promovam uma cidadania esclarecida e responsável, assente na coesão social e nos direitos humanos, defendendo princípios civilizacionais e éticos que contribuam para a formação integral de todos os cidadãos”, acrescenta. As componentes de cidadania e inclusão “são disciplinas transversais ao exercício de uma cidadania activa, responsável e esclarecida, preservando valores fundamentais como a igualdade e o direito à diferença”, refere ainda, no comunicado, sublinhando que a missão da DGPC está alicerçada “nestes pressupostos, que norteiam a acção de todos os equipamentos culturais tutelados, independentemente das suas características específicas”.

A criação das provedorias foi anunciada em Março pelo director-geral do Património Cultural, Bernardo Alabaça, durante uma conferência internacional online sobre museus e responsabilidade social, que decorreu durante dois dias, organizada pela DGPC no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.

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